Amanhã, é dia primeiro de
Maio. Se comemora no mundo todo, O Dia do Trabalhador ou para patrões O Dia do
Trabalho. Para os movimentos sociais e sindicais, e para mim, amanhã é Dia do
Trabalhador. No Brasil, a dualidade no foco do dia, sempre ocorreu. É
Histórico, entidades patronais, e até de trabalhadores, desfigurarem o real
significado desta data, realizando festas, sorteios de prêmios, muitas delas
com financiamento de empresas.
Porem na imaginação do
Brasileiro do chão de fábrica em especial, o 1º de Maio que fica é o de luta,
de reflexão sobre seus direitos e sua vida. Tivemos Dias dos Trabalhadores
memoráveis, como o de 1968, quando o então Governador de São Paulo Adhemar de Barros,
foi vaiado em plena praça da sé, durante o regime militar. Também inesquecível,
o das greves do ABC, em especial de 1979, onde no Estádio de Vila Euclides, os Metalúrgicos,
mais de 100 mil, viam sob suas cabeças os Helicópteros da repressão militar.
Podemos citar exemplos no
Mundo, mas o que importa, é que mesmo o caráter festeiro e
degenerativo que a
Direita tenta dar ao Dia, nos corações e mentes de trabalhadores urbanos e
rurais, primeiro de Maio, é dia de estar com os companheiros e pensar nas reivindicações
e necessidades de todos. Mesmo com a importância reduzida nos últimos anos, é
preciso preservar este símbolo, das lutas operárias.
Mas do que nunca, o 1º de
Maio de 2015, tem que ser de reflexão, organização para lutar. Desde o Golpe
Militar de 1964, que os trabalhadores não estavam tão ameaçados em seus
direitos. As Medidas provisórias que dificultam o acesso ao Seguro Desemprego e
as aposentadorias e pensões do Governo Dilma e a recente aprovação do maior
golpe aos direitos consagrados na Constituição de 1988, a Terceirização
completa dos serviços, são sinais de que dias ruins estão por vir.
O avanço do Conservadorismo,
desde 2013, abriu portas para que os interesses de Capitalistas pudessem
tornar-se realidade. O Governo de Dilma Rousseff contribuiu para estes ataques,
quando apresenta á sociedade um plano de ajustes que sacrificaram 100% os
pobres e trabalhadores. O Congresso formado em sua maioria por Parlamentares de
claros compromissos com o Capital, é outro elemento, para precarizar direitos e
próprio trabalho.
As futuras gerações encontraram
um mercado de trabalho, desregulamentado, precarizado, sem garantias de
direitos, nem imediatos e nem para o futuro sem trabalho ou aposentado.
A Barbárie
que após a derrubada do Muro de Berlim e a ascensão do Neo Liberalismo, alguns
preconizavam, pode se tornar real no Brasil do Século XXI.
As mídias aliadas de um
Brasil Patrão, e sem direitos, não consegue enxergar que as fabricas de seres
humanos, famélicos e em deterioração que a História mostra em meados do Século
XIX e inicio do Século XX, pode ser ressuscitada.
É hora de refletir. Mais do
que pensar, chegou o momento de tomar as ruas, impedir esta chacina em nossos
direitos.
O Dia do Trabalhador, mesmo
com as festas é o momento para nos fortalecer.