quinta-feira, 30 de abril de 2015

GARANTIR DIREITOS OU BARBÁRIE.

Amanhã, é dia primeiro de Maio. Se comemora no mundo todo, O Dia do Trabalhador ou para patrões O Dia do Trabalho. Para os movimentos sociais e sindicais, e para mim, amanhã é Dia do Trabalhador. No Brasil, a dualidade no foco do dia, sempre ocorreu. É Histórico, entidades patronais, e até de trabalhadores, desfigurarem o real significado desta data, realizando festas, sorteios de prêmios, muitas delas com financiamento de empresas.

Porem na imaginação do Brasileiro do chão de fábrica em especial, o 1º de Maio que fica é o de luta, de reflexão sobre seus direitos e sua vida. Tivemos Dias dos Trabalhadores memoráveis, como o de 1968, quando o então Governador de São Paulo Adhemar de Barros, foi vaiado em plena praça da sé, durante o regime militar. Também inesquecível, o das greves do ABC, em especial de 1979, onde no Estádio de Vila Euclides, os Metalúrgicos, mais de 100 mil, viam sob suas cabeças os Helicópteros da repressão militar.

Podemos citar exemplos no Mundo, mas o que importa, é que mesmo o caráter festeiro e 
degenerativo que a Direita tenta dar ao Dia, nos corações e mentes de trabalhadores urbanos e rurais, primeiro de Maio, é dia de estar com os companheiros e pensar nas reivindicações e necessidades de todos. Mesmo com a importância reduzida nos últimos anos, é preciso preservar este símbolo, das lutas operárias.

Mas do que nunca, o 1º de Maio de 2015, tem que ser de reflexão, organização para lutar. Desde o Golpe Militar de 1964, que os trabalhadores não estavam tão ameaçados em seus direitos. As Medidas provisórias que dificultam o acesso ao Seguro Desemprego e as aposentadorias e pensões do Governo Dilma e a recente aprovação do maior golpe aos direitos consagrados na Constituição de 1988, a Terceirização completa dos serviços, são sinais de que dias ruins estão por vir.

O avanço do Conservadorismo, desde 2013, abriu portas para que os interesses de Capitalistas pudessem tornar-se realidade. O Governo de Dilma Rousseff contribuiu para estes ataques, quando apresenta á sociedade um plano de ajustes que sacrificaram 100% os pobres e trabalhadores. O Congresso formado em sua maioria por Parlamentares de claros compromissos com o Capital, é outro elemento, para precarizar direitos e próprio trabalho.

As futuras gerações encontraram um mercado de trabalho, desregulamentado, precarizado, sem garantias de direitos, nem imediatos e nem para o futuro sem trabalho ou aposentado. 

A Barbárie que após a derrubada do Muro de Berlim e a ascensão do Neo Liberalismo, alguns preconizavam, pode se tornar real no Brasil do Século XXI.

As mídias aliadas de um Brasil Patrão, e sem direitos, não consegue enxergar que as fabricas de seres humanos, famélicos e em deterioração que a História mostra em meados do Século XIX e inicio do Século XX, pode ser ressuscitada.

É hora de refletir. Mais do que pensar, chegou o momento de tomar as ruas, impedir esta chacina em nossos direitos.


O Dia do Trabalhador, mesmo com as festas é o momento para nos fortalecer. 

sexta-feira, 24 de abril de 2015

A VOLTA DO VOTO DE CABRESTO OU O CORONELISMO

A História do Brasil, a partir de governos Republicanos, mesmo em períodos de Ditadura, a de Vargas e o Estado Novo e a dos militares, não se votava para Presidente ou Governos de Estado no caso da de 1964, mas o sufrágio universal fez parte do universo dos Brasileiros, durante um pouco mais de um século, até agora.

Mas na maioria dos períodos Históricos, o voto sempre foi uma mercadoria de luxo para as elites que governavam e que eram (e ainda o são), detentoras dos meios de produção. Na Republica velha, só votavam os Homens alfabetizados, onde a maioria da população por ser mulher e analfabeta não tinha direito de escolher seus representantes. Depois mesmo com o voto feminino na década de 1930 do século passado, o direito a votar ainda pertencia as elites letradas.

No Nordeste do País, no interior do Sul e de São Paulo, se descobriu nos anos 50, o fenômeno do Coronelismo. Consistia na verdade em um fazendeiro rico, único empregador, daquele local ou cidade, que em troca de emprego e comida, cabrestava seus empregados a votarem nele quando era candidato ou alguém do seu grupo. Isto perdurou durante anos. Em alguns rincões a pratica ainda persiste.

Com a redemocratização do Brasil em 1985, e a promulgação da Constituição de 1988, as regras ficaram mais transparentes, inclusive se abordando praticas comuns do dando que se recebe de forma descarada. Hoje ainda o voto é leiloado, por míseros denários, porem em menor escala.

No momento em que se aprofunda a necessidade de combater a corrupção, com uma Reforma Politica que institua o Financiamento Público, a Fidelidade Partidária, o fortalecimento das instituições Partidárias, o Senado Federal aprova um Projeto do Senador Tucano José Serra, que reinaugura o caciquismo e a força descarada do poder econômico, com o famigerado voto distrital ou de paróquia.

O Projeto aprovado pelos Senadores, agora precisa ser votado pelos Deputados na Câmara Federal. Na verdade ele consiste em dividir as cidades com mais de 200 mil eleitores em distritos, igualmente ao numero de cadeiras na Câmara de Vereadores local. No caso de Limeira, seriam 21 os distritos. Cada distrito elege um Vereador. Cada Partido pode se quiser registrar um candidato em cada feudo deste. É eleito o mais votado dentro do distrito.

De cara acaba com a fidelidade e proporcionalidade do Partido. Instituí o debate de varejo e descolado do restante da cidade. Ressuscita a figura do Coronel ou do cacique Partidário. Basta o poder econômico ou politico ou até religioso, para o sujeito se eleger.
Serra seu Partido o PSDB e seus aliados, reafirmam seu compromisso com a concentração de poder politico e a despolitização da população e famoso voto de Cabresto.

Em um momento onde o conservadorismo e posições reacionárias tomam as redes sociais, as mídias outras, bem como as ruas, a instituição do Voto Distrital, me faz lembrar de figuras lendárias de nossas telenovelas, do Prefeito Odorico Paguaçu de Bem Amado ou o Coronel Sinhosinho Malta. O primeiro fez como uma obsessão em seu mandato a inauguração de um cemitério, mas nunca o conseguia, porque ninguém morria na cidade. 
O outro construiu uma farsa a do Santo Roque Santeiro, para explorar politicamente e economicamente a cidade.

Me parece que se passar a aberração de Serra, teremos inúmeros candidatos á Odoricos e Sinhozinhos.


sexta-feira, 17 de abril de 2015

O QUE È UM TROLL ?

Você é um Troll e faz parte de um grupo de Trolls. Por isto não te reconheço nesta rede social. Ouvi isto de um internauta falando a outro internauta. Na verdade o trecho desta conversa foi fruto de uma pesquisa que fiz nas redes, após uma dica do companheiro Wilson Zanetti, que vem refletindo igualmente a mim, sobre o comportamento das pessoas, no Facebook, no Twitter e na rede de computadores em geral.

Ele como eu, após ler seu email como a dica/preocupação, fui ao Wikipédia, digitei Troll no Google e apareceu dois arquivos. O primeiro diz respeito a uma figura folclórica e mitológica da região da Escandinávia. Diz respeito a uma criatura parecida com um Ogro, feia e assustadora, mas dócil e trabalhadora. O segundo ao contrario do primeiro nada tem a ver, com a figura da terra dos Vikings, trata-se de um aspecto comportamental nada carinhoso ou bondoso.

Um Troll é uma gíria da internet, derivada da expressão Troolling for suckers, tradução: lançando a isca para os trouxas.

O Troll representa uma pessoa cujo o comportamento cibernético, tem como objetivo rotineiro de no cotidiano, provocar e enfurecer outras pessoas das quais discorda. Seu comportamento é como um teste de ruptura da etiqueta e do respeito ao pensar e agir diferente ou as vezes disseminar maldades gratuitas e sem sentido.

Este ser digital, irrompe em tentativas de desconstruir imagens e moral. A desestabilização, é cruel e não tem lugar para o bom senso, ou a liberdade para ser convencido. O Troll é sempre o dono da verdade, ele não dá espaço para o debate fraterno. Geralmente sua tarefa é confundir o interlocutor, deixa-lo na irritação, faze-lo perder a cabeça ou abandonar, a discussão. Aconteceu de internautas, abandonarem seus perfis nas redes, por conta da ação de Trolls.

Os mais notáveis na vida como Troll, são os da disseminação da ignorância. Gostam de xingar, ofender, até para esperar uma reação do ofendido na mesma medida e aí baixar de vez o nível da postagem e com isto desconstruir o objetivo dos textos. Os Trolls neste quesito baixam o nível mesmo. Um outro muito conhecido é o Intelectual. Ele até tem conhecimentos, estuda e pesquisa, mas sua intenção é rebaixar o oponente, quase sempre questionando o nível educacional.

Ultimamente os Trolls tem se organizado em grupos. Costumam ser poucos,mas aos escolher temas e assuntos de apelo popular, arregimentam trolls inconscientes. Por exemplo o discurso de ódio as esquerdas, e em especial ao PT, basta meia dúzia de Trolls despejar toda violência verborrágica e midiática, para crescer o numero de adeptos a este assunto.

O Troll trabalha muito com a ideia do senso comum. O alimenta com seus jargões quase sempre conservadores e de fácil compreensão. Homossexuais, Negros, Mulheres e políticos de esquerda são vitimas preferenciais das táticas e discursos desta turma.

O Troll também pode criar e cria os Fakes, fantasminhas da rede.  
Como Combater ? Bem a mais eficaz é ignorar, excluir de seu perfil e em caso de desrespeito e agressão uma boa ação judicial.