A não assinatura do acordo
coletivo de 2013, no dia ontem em reunião da mesa de negociação permanente,
mostra quais são de fato os interesses da direção do SINDSEL- Sindicato dos
Servidores Públicos de Limeira-, que concluo não é a valorização do servidor
público e a recuperação de décadas de perdas salariais, de condições de
trabalho, de dignidade.
Os argumentos para não
assinar um acordo que garante o maior aumento de salários dos últimos 10 anos,
precisam que o objetivo nada tem a ver com o direito legitimo de discordar e de
reivindicar. Primeiro assinar o acordo, condicionando uma ressalva de não
concordância com o parcelamento do reajuste é dar brecha para lutas judiciais
sem fim e de atravancamento das 54 clausulas (outro ponto de avanço), que estas
sim serão o caminho para o inicio a valorização dos Trabalhadores.
O segundo argumento é a
volta ao passado, onde as entidades sindicais representantes da categoria não
se conversavam entre si, e negociavam como bem entendiam com o executivo. Todos
aqueles que fazem movimento sindical ou já fizeram, sabem que a unidade da
classe trabalhadora é o caminho para as lutas. A Presidente do SINDSEL, propôs
um recuo na grande conquista que foi a instalação de uma mesa para negociar de
forma permanente e não eventualmente ou ao bel prazer de quem esta no comando
da Prefeitura. E mais com este argumento ela defende a divisão dos
trabalhadores, promove uma competição sem sentido, que quem sai prejudicado são
os servidores públicos.
A lógica de criar argumentos
como este, só tem um objetivo, o de criar crises constantes (não esta
conseguindo), e igualmente á alguns grupos de oposição, jogar na mesma vala
comum administrações passadas, que não dialogavam e reprimiam até com força
policial as manifestações pacificas dos trabalhadores. O Sindicato se une com
pessoas e grupos, que mantinham a prática de criminalizar os movimentos sociais
e de desvalorização constante do serviço público. Não há coerência nem na
pratica, muito menos na História de lutas maravilhosas desta categoria.
O que se vê, é uma luta
incessante da direção do Sindicato em capitalizar para ela, com métodos
atrasados de se fazer sindicalismo, visando as eleições da entidade em Setembro
deste ano. Entendo que quando se trabalha se conquista, mas com
responsabilidade e coerência. Não é o caso. Primeiro o Sindsel tenta
desqualificar a mesa de negociação.
Depois convoca uma greve inconsequente,
depois do governo conceder o maior acordo da região. Agora tenta buscar pelo em
ovo. Talvez o desespero, ou medo em perder o comando do Sindicato, vem tirando
o juízo da direção do Sindicato.
O Governo tem feito sua
parte. Primeiro democratizando as negociações e da forma mais transparente
possível. Depois negociando para valer, acordando pontos e reivindicações,
nunca definidas. Em terceiro, o respeito a liberdade de organização. Em outros
tempos as greves eram reprimidas, sequer os trabalhadores podiam utilizar os
banheiros do paço municipal. Não houve e não haverá represálias, até se vier a
ocorrer outra greve.
No entanto, este
descompromisso com os avanços da categoria contemplados no acordo prejudicam o
encaminhamento rumo a recuperação de perdas salariais e da carreira. Não há
como não afirmar que estas atitudes do SINDSEL, são aventuras que atrasam o
desenvolvimento da categoria.
Acredito no bom senso dos
Servidores Públicos, em compreenderem que o momento é de avançar nos direitos,
buscar a valorização. Mas sem sangria, sem crises, entendendo que o governo
respeita e reconhece as reivindicações e por isto estará sempre aberto ao
dialogo, bem como já esta trabalhando para a recuperação do que foi tirado dos
trabalhadores. Por isto tenho a convicção de que a categoria, sabe o que é
melhor para ela.