São os momentos de crise que
nos levam, a repensar as coisas. É hora de avaliar e reavaliar comportamentos e
daí, reinventar nossas ações. Para isto a algumas regrinhas ou método. Utilizo
o de analisar a atualidade, com um olhar na História. Nada que acontece no
hoje, não é consequência do passado. É preciso exercitar o pensar, analisar os porquês,
ouvir A depois B e até o C. Medir as argumentações e com senso critico definir
dentro de sua visão de mundo, sua opinião sobre a atualidade.
Esta pequena introdução, de
como faço leitura de cenário, não somente nas crises, não é a única forma, a
varias outras. Mas com certeza todas recorrem a História para definir opiniões
e estratégias. Não se pode apagar os fatos, os episódios e acontecimentos. Quem
resume um argumento, sem investiga-lo inclusive a luz da História, comete erros
graves. Digo isto, em função do que acontece no Brasil neste segundo Mandato da
Presidenta Dilma Roussef. Equívocos tem sido cometidos, em especial pelos contrários
as esquerdas e ao governo.
A reação das elites e de
parte das classes médias, não tem explicação apenas aos ataques de uma Direita
retrograda e que não quer e não aceita repartir o bolo com o povo, em especial
os pobres. É certo que o País mudou nestes doze anos das esquerdas no poder. É inegável,
que o poder de compra do trabalhador aumentou, que o desemprego foi contido e
que as conquistas sociais foram imensas.
Mas é claro também que
setores das elites, ganharam muito dinheiro, entre eles os Bancos, e os grandes
segmentos de serviços.
No entanto estas mesmas
elites, agora mostram suas garras e tentam se livrar do aliado de uma década.
Em junho de 2002, o então
candidato Luiz Inacio Lula da Silva, publicou sua famosa Carta ao Povo
Brasileiro (leia aqui: http://www.fpabramo.org.br/uploads/cartaaopovobrasileiro.pdf
). O texto é o que chamamos de calmante para o mercado financeiro, para os
bancos e toda a elite nacional. Apesar de falar de Reformas, como tributária,
urbana, previdenciária, Agraria, em nenhum momento se fala em aprofundar
mudanças eficazes de distribuição de renda justa, que elimine latifúndios,
fortunas especulativas, ou seja que combata o enriquecimento as custas dos
pobres e dos trabalhadores.
Lula e o PT, propõe na carta
o famoso Pacto Social, tão rejeitado pelos movimentos sociais durante duas
décadas. Ao dizer que preservaria o superávit primário, mecanismo de garantias
para pagamento de dividas internas, entre elas com bancos e grandes
empresários, Lula e o PT, acenam de que o governo não enfrentaria e não faria
as reformas profundas capazes de equilibrar as desigualdades de classe.
Infelizmente o pacto durou
três mandatos. Desarticulou os movimentos sociais, pois as alianças foram
feitas com a direita dentro do Parlamento e fora dele. Neste segundo mandato de
Dilma, quando esperávamos uma correção de rota, a formação do novo ministério,
e algumas medidas, demonstram o já distanciamento dos movimentos sociais e o
corte de direitos dos trabalhadores. Ideário e receituário das Elites.
E agora o que fazer?
Hora de repensar para se
reinventar e recriar.
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