Já discorri aqui no blog
sobre a importância do Dialogo, não só nas relações pessoais, como no fazer
politica. O dialogo é o único instrumento capaz de buscar o consenso, dirimir
conflitos, sanar dúvidas. É através dele que rompemos definitivamente com a intolerância
que consequentemente leva a tragédias e guerras. Não se pode se fechar em
dogmatismos e em verdades absolutas, é preciso usar do bom senso e estar aberto para se deixar convencido. Até
porque a política é a arte do convencimento. O contrario disto, é autoritarismo
e repressão.
A História recente de
Limeira, tem demonstrado, a completa ausência do Poder Público, em se
manifestar a favor do dialogo, como instrumento também de unidade para buscar o
desenvolvimento do município. O Governo do Cassado, bateu o recorde de intolerância
e distancia do dialogo, seja com a sociedade civil organizada, seja com a
população em geral. Construindo o mito de legitimidade que as urnas lhe deram,
o Prefeito de então, usava e abusava do poder, tomava decisões envolvendo
milhares de pessoas, sem consulta-las. Muitas vezes estas posições prejudicavam
a vida da população. Sua intolerância com as lutas sociais e reclamos da
população, chegavam aos absurdos de pagar matéria em jornais e na mídia em
geral para atacar e ofender lideranças e movimentos. O tratamento dado ao caso
da ocupação dos Trabalhadores Sem Terra no Horto Florestal, sem nenhuma
conversa, utilizando da força bruta, foi um dos exemplos da falta de dialogo.
Com o funcionalismo público não
foi diferente. Desde o primeiro momento, o governo passado tratava o servidor,
com total descaso. Sua preocupação nunca foi a de valorização, muito menos de
investimentos em condições de trabalho e salário. Buscou em varias
oportunidades, não reconhecer a representatividade e legitimidade do Sindicato
da Categoria. Demorava nas respostas as reivindicações, atacava ferozmente toda
vez, que ocorria um pedido ou reivindicação. O tratamento as legitimas greves
ocorridas no período, não abrindo negociações ou usando da força, são exemplos
desta intolerância. Destaco os 60 dias de greve da Guarda Civil Municipal, onde
a visão torpe e de Senhor Feudal, arrastou um movimento que pedia o não corte
nas horas extras, pois isto diminuiria em demasia o salario. Sem um pingo de
consideração, pagou para ver, um movimento
desgastante para todos, que ocasiona comissões de sindicância até hoje
instauradas, que tem o poder até de demissões.
A Coligação Um Novo Tempo
para Limeira, em campanha não só denunciava este tratamento absurdo ao
funcionalismo público, como firmou o compromisso de mudar a relação. Transformar
o descaso em ações concretas de valorização da carreira e do salário. Terminar a
repressão e a perseguição constante á aqueles que não eram amigos do Rei ou não
se submetiam, as vontades do império. E o principal restabelecer o processo do
dialogo com a participação de todos.
Assim criou-se a Mesa
Permanente de negociação. Um fórum formado por vários Sindicatos representantes
da categoria, que não se limitará a negociar condições de trabalho e salário,
apenas na data base e sim o ano todo e de forma permanente. Os trabalhos já
começaram, e os debates estão em aberto. O Governo já na primeira reunião
deixou claro, sua intenção de dialogar com seriedade e buscar resultados
efetivos para a valorização do funcionalismo.
Funcionalismo este que já
dissemos aqui, que foi responsável, para que os efeitos da corrupção instalada
em oito anos não destruíssem completamente com o patrimônio público. O exemplo
de mudanças na relação já ocorreram no dia 02 de Janeiro, quando do primeiro
dia do mandato. Quando o Prefeito Paulo Hadich, em reunião com o funcionalismo
no paço (fato inédito), frisou “Saí os Coronéis e entra o gestor”.
Janjão, o mito do confronto ainda permeia na mente e no discurso de alguns líderes sindicais. É bem verdade que o incío será difícil, cercado de desconfianças devido aos outros governantes. Mas aos poucos todos os cidadãos limeirenses perceberão que o diálogo é o único caminho para o entendimento.
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