A uma unanimidade entre os
formadores de opinião. A Imprensa é o Quarto Poder. No Brasil e no Mundo. Esta
constatação pode ser comprovada com os fatos Históricos e cotidianos. A capacidade
de uma noticia alterar um estado de coisas, ou formar posições é enorme. De
todas as instituições a imprensa é de maior credibilidade. As pessoas,
acreditam nas manchetes e reportagens, condicionam suas vidas ao que é
publicado.
A criação da máquina impressora,
no século XV, não só vai mudar radicalmente o mundo, como tirará o monopólio da
informação e do conhecimento, centralizado na Igreja Católica e na Nobreza. O
planeta conhecerá as descobertas de terras, o novo mundo, com o surgimento da
imprensa. Conhecerá Maquiavel, a Revolução Francesa, Adam Smith e Marx, através
do papel impresso. Esta Revolução, fará a sociedade se organizar em torno da
comunicação, com ela a vida fica mais dinâmica.
No Brasil Colônia a imprensa
não existia, e era confinada aos interesses de Portugal. Nos dois impérios ela não
era livre, foi perseguida, principalmente a abolicionista. No inicio do século
XX, surgiam os periódicos anarquista e independentes, igualmente marginalizados
e banidos pelo Estado. Com a Ditadura Vargas, ou se aderia ao regime, ou era
fechado ou censurado. Na Ditadura Militar, o mesmo lema Brasil: Ame ou deixe-o,
era creditado aos órgãos de imprensa, ou abraça os militares ou censura neles.
A imprensa cumpriu e cumpre
um papel de informar, esta é sua função primeira. Mas este informar deve se
aproximar o máximo possível da verdade. Um tríduo, pesquisa, reportagem e
opinião, deve se dar garantindo a realidade dos fatos. Isto é trivial o
necessário. Cada veiculo, penso deve ter seu editorial definido. Soa falso a
imparcialidade. Nenhum órgão de imprensa é neutro, todos tem uma posição, e ela
é politica e respaldada por grupos econômicos. Mas a imparcialidade deve se dar
na informação, ouvir os lados envolvidos, manchetar sem intenções de vender ou
de impor uma opinião.
O que assistimos hoje no
País, na maioria das mídias, é o monopólio da informação. Primeiro que uma
minoria formada por grupos políticos e econômicos, detém a maioria das empresas
de comunicação. Principalmente no sistema de rádio e Tv. A festa de concessões
de canais e frequência dada pela Ditadura Militar, pelo Governo Sarney e por
FHC, contribuiu para que poucos monopolizassem a informação.
Os interesses são em sua
maioria movidos por razões econômicas que dependem do poder político para se
concretizarem. São os anunciantes que determinam uma programação ou o que será
estampado na capa de uma revista ou jornal. Isto não é difícil de se notar.
Basta acompanhar quem anuncia e quais interesses estes mesmos anunciante
defendem. Exemplo, empresas de agro tóxico, não anunciariam na Revista Carta Capital,
pois lá o editorial é claro contra esta indústria.
Outro exemplo disto, foi a
defesa das empresas que desmatam nossas florestas, na discussão do código
florestal. A grande mídia, fez gestão positiva aos interesses destes grupos,
contrariando e manipulando informações dos grupos de defesa do Meio Ambiente e
dos movimentos Sociais.
A Imprensa no Brasil é o
Quarto Poder, mas que tem um víeis de direita, exatamente pelo seu
comprometimento econômico. Aos desavisados, não defendo censura aos Meios de
Comunicação. Defendo a Democratização das Mídias, o fim do Monopólio da
informação. Mas este é um debate que deve ser feito com serenidade e sem
intuito econômico. Encarar a imprensa como um órgão autônomo e independente,
deve ser nosso norte.
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