domingo, 15 de dezembro de 2013

O QUARTO PODER

A uma unanimidade entre os formadores de opinião. A Imprensa é o Quarto Poder. No Brasil e no Mundo. Esta constatação pode ser comprovada com os fatos Históricos e cotidianos. A capacidade de uma noticia alterar um estado de coisas, ou formar posições é enorme. De todas as instituições a imprensa é de maior credibilidade. As pessoas, acreditam nas manchetes e reportagens, condicionam suas vidas ao que é publicado.

A criação da máquina impressora, no século XV, não só vai mudar radicalmente o mundo, como tirará o monopólio da informação e do conhecimento, centralizado na Igreja Católica e na Nobreza. O planeta conhecerá as descobertas de terras, o novo mundo, com o surgimento da imprensa. Conhecerá Maquiavel, a Revolução Francesa, Adam Smith e Marx, através do papel impresso. Esta Revolução, fará a sociedade se organizar em torno da comunicação, com ela a vida fica mais dinâmica.

No Brasil Colônia a imprensa não existia, e era confinada aos interesses de Portugal. Nos dois impérios ela não era livre, foi perseguida, principalmente a abolicionista. No inicio do século XX, surgiam os periódicos anarquista e independentes, igualmente marginalizados e banidos pelo Estado. Com a Ditadura Vargas, ou se aderia ao regime, ou era fechado ou censurado. Na Ditadura Militar, o mesmo lema Brasil: Ame ou deixe-o, era creditado aos órgãos de imprensa, ou abraça os militares ou censura neles.

A imprensa cumpriu e cumpre um papel de informar, esta é sua função primeira. Mas este informar deve se aproximar o máximo possível da verdade. Um tríduo, pesquisa, reportagem e opinião, deve se dar garantindo a realidade dos fatos. Isto é trivial o necessário. Cada veiculo, penso deve ter seu editorial definido. Soa falso a imparcialidade. Nenhum órgão de imprensa é neutro, todos tem uma posição, e ela é politica e respaldada por grupos econômicos. Mas a imparcialidade deve se dar na informação, ouvir os lados envolvidos, manchetar sem intenções de vender ou de impor uma opinião.

O que assistimos hoje no País, na maioria das mídias, é o monopólio da informação. Primeiro que uma minoria formada por grupos políticos e econômicos, detém a maioria das empresas de comunicação. Principalmente no sistema de rádio e Tv. A festa de concessões de canais e frequência dada pela Ditadura Militar, pelo Governo Sarney e por FHC, contribuiu para que poucos monopolizassem a informação.

Os interesses são em sua maioria movidos por razões econômicas que dependem do poder político para se concretizarem. São os anunciantes que determinam uma programação ou o que será estampado na capa de uma revista ou jornal. Isto não é difícil de se notar. Basta acompanhar quem anuncia e quais interesses estes mesmos anunciante defendem. Exemplo, empresas de agro tóxico, não anunciariam na Revista Carta Capital, pois lá o editorial é claro contra esta indústria.

Outro exemplo disto, foi a defesa das empresas que desmatam nossas florestas, na discussão do código florestal. A grande mídia, fez gestão positiva aos interesses destes grupos, contrariando e manipulando informações dos grupos de defesa do Meio Ambiente e dos movimentos Sociais.


A Imprensa no Brasil é o Quarto Poder, mas que tem um víeis de direita, exatamente pelo seu comprometimento econômico. Aos desavisados, não defendo censura aos Meios de Comunicação. Defendo a Democratização das Mídias, o fim do Monopólio da informação. Mas este é um debate que deve ser feito com serenidade e sem intuito econômico. Encarar a imprensa como um órgão autônomo e independente, deve ser nosso norte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário