domingo, 30 de junho de 2013

SEPARANDO O JOIO DO TRIGO III

Os acontecimentos da semana passada protagonizados pela Oposição de Direita em Limeira, nos faz refletir, os porquês daquelas atitudes, violentas, sem sentido e que apontavam para um golpe contra o Governo Democrático e Popular de Paulo Hadich (PSB), contra as instituições e contra o povo da cidade. Muitas são as perguntas e questionamentos, do que realmente esta por trás, dos discursos moralistas e conservadores desta turma? Porque não da para acreditar, que o mesmo pessoal, que fez durante oito anos vistas grossas, blindagem ou até participou dos esquemas, venha se pousar de honestíssimo. Como não dá para aceitar, a generalidade da luta contra a corrupção, pois até o Maluf, já se posicionou favorável. A inconstância e até o ridículo das “denuncias”, apresentadas contra o Prefeito Paulo Hadich e o Vereador Ronei Martins, são exatamente o faz me rir, baseadas em recortes de jornais e no eu ouvi falar.

Outra pergunta a este grupo, é que representatividade real, tem movimentos obscuros, os quais não sabemos, quanto membros tem, qual a plataforma, motivação para se organizar. Só nas minhas contas, cada oposicionista se reivindica de um movimento diferente. E o gozado é que esta onda de movimentismo entre este povo, teve inicio na gestão deste governo. É legitimo, a organização popular, mas desde que seja pautada, por objetivos claros, e não oportunistas, como o verificado na segunda na Câmara Municipal. Aproveitando das manifestações convocadas pelo MPL, estas sim, legitimas, a Oposição Limeirense, convocou uma concentração, sem explicar o certo o que a massa faria na casa de leis. 

Chegando lá, figurinhas conhecidas da politica na cidade, com palavras de ordem ofensivas, agressivas, proporcionaram um clima de guerra, de hostilidade, tendo que o chefe do legislativo suspender a sessão por não ter condições de dar continuidade, tamanha a bagunça formada por uma minoria, que tentava influenciar a maioria que não tinha a menor ideia do que estava acontecendo. Justiça seja feita,  o MPL entidade que organizam as manifestações não participou desta barbárie.

O ódio despejado aos Movimentos Sociais e Populares, desta turma, inclusive de Jornalistas conhecidos por defender o governo passado até a morte, sempre foi clara. Qualquer ato, manifestação que se fazia no passado recente, era criminalizada, pelos que hoje tentam tomar de assalto os movimento populares. Li na rede, que na Quinta Feira, na Câmara, manifestantes da oposição teriam sido hostilizados. Não só isto não aconteceu que todos puderam acompanhar a sessão na maior paz do mundo. Mocinho vira Bandido, para algumas pessoas.

Tenho a plena convicção deste ódio e destas atitudes golpistas. Muitos privilégios se tinha nas gestões passada. A Prefeitura era uma condescendente com tudo. Hoje o grupo que venceu as eleições, já disse que não tolerará privilégios e irregularidades. O que temos visto é muitos reclamarem do nada, criarem uma situação de caos. Lendas ou não hoje não se paga Mensalinho para Vereador, Jabá para Jornalista. Não há prioridade para este ou aquele cidadão. A cidade é prioridade e não interesses escusos e nada republicanos.


   

quinta-feira, 27 de junho de 2013

SEPARANDO O JOIO DO TRIGO II

As cenas lamentáveis, assistida por muitos, pela TV Câmara, na ultima segunda-feira, demonstra que uma parcela ínfima de políticos, não conseguem se portar como Republicanos. As atitudes de incitamento a violência, agredindo gratuitamente os Vereadores durante a sessão da casa de leis de Limeira, prova que os supostos lideres, os que lá estavam e os que não apareceram não tem nenhuma vocação para a Democracia e mais que isto respeito as instituições. O aproveito da onda de Manifestações da semana passada, para canalizar no interesse de embate politico, fica claro, os métodos espúrios deste grupo.

O próprio requerimento pedindo a abertura de Comissão Processante, contra o Prefeito Paulo Hadich, me lembrou a bela, porém insustentável peça de defesa do advogado Batochio para o Cassado Silvio Félix. Alias bem parecidas, pois as evidências e provas, careciam de aparecer nas dezenas de paginas, lidas pelo Secretario da casa, Pastor Newton Santos. Vazia a denuncia, repleta de oráculos de tribunal do júri, completaria o show de um grupo, que tinha como objetivo, fazer sangrar um governo legitimamente eleito e que em seis meses, vem preparando as mudanças que a cidade precisa e clama.

O oportunismo, foi tanto que muitos dos manifestantes, encobriam os rostos, como se estivessem prontos para a guerra ou o apronto de uma ilegalidade. Não havia no meio desta trupe, nenhuma liderança social reconhecida por seus serviços prestados ao bem da comunidade. O discurso do Apartidarismo, inclusive comprado por parte da imprensa, criou um falso sentimento, de que os “manifestantes”, que queriam o Fora Hadich, não tinham preferencias ou militância Partidária. Falso, pois a maioria dos que ali estavam, são membros dos Partidos de oposição. Só para citar alguns nomes: Vereador Cassado Edmilson Gonçalves (PSDC), apoiador do candidato derrotado em 2012 Lusenrique Quintal, Guto Rodrigues (PMB), apoiador do candidato citado, Carolina Pontes, ex Diretora do Cassado Silvio Félix e outros.

A Democracia, pode não ser o melhor dos sistemas, mas é o que conhecemos, capaz de garantir a liberdade de expressão, de organização e de ação. Mas ela pressupõe responsabilidades e deveres. Não posso sair a cada momento, pedindo a cassação deste ou daquele político, sem provas, sem fundamentação. Para que chegássemos a conclusão de que o ex. Prefeito Silvio Félix, deveria ser processado, foram sete anos e meio, de investigações, lutas, pedidos de CPI e até de CP. Em 2006, com as primeiras denuncias contra a SP alimentação, que administrava a Merenda Escolar no Município, a bancada do PT, requereu a cassação do então Prefeito. Alias com muito mais evidências, das que apresentou o advogado Cassius Hadad.

Porem apresentar pedidos de cassação, sem sustância jurídica e de fatos, só tem como objetivo, gerar crises e paralisar a cidade. Construir uma crise institucional, me parece foi a ideia dos pensadores dos dois pedidos de CP, na segunda, um contra Paulo Hadich e outro contra o Vereador Ronei Martins. Agora porque gerar este estado de coisas? Porque continuar buscando pelo em ovo e agora se utilizando de praticas nada republicanas? A quem interessa a instabilidade dos dois principais poderes constituídos da cidade?.  Porque aliados de Quintal, Eliseu, do Cassado, organizaram juntos aquelas cenas deprimentes e de vergonha para nossa cidade?. Aliados inclusive, que tiveram altos cargos na Prefeitura nos últimos oito anos.

O Prefeito Paulo Hadich, em entrevista Coletiva de Imprensa, denunciou o que ele chamou de tentativa de golpe daqueles que sempre comandaram o município. E porque o golpe? Será que estão com saudades, das caixas de pandora, dos sucessíveis escândalos, da Merenda de péssima qualidade, do tratamento autoritário e truculento á sociedade civil?.

O povo, principalmente os pobres, não devem temer o novo, deve cobrar sim que as mudanças ocorram, mas deve rechaçar a tentativa do velho, aquele da corrupção.


sexta-feira, 21 de junho de 2013

SEPARANDO O JOIO DO TRIGO


As Manifestações espalhadas pelo País, nos tiraram esta semana uma dúvida. Sobre a seriedade do comando. Já disse aqui do MPL, é de seu compromisso com as causas populares. Uma das lideranças do Passe Livre, veio a público esclarecer varias questões, que a grande imprensa teria o dever de informar e não o fez. Primeiro sobre o caráter Apartidário do MPL. Eles confirmaram, porém não são apolíticos e afirmam a importância dos Partidos, no apoio aos Movimentos Sociais. Citam que antes da repercussão Nacional das Manifestações eram o Partidos de Esquerda que davam a sustentação as ações. Segundo, que o Passe Livre é de esquerda, pois sua plataforma é de Revolução no Transporte Coletivo, não só pontual, mas discutir inclusive a Estatização do Sistema.

Nesta toada, coube ao MPL deixar claro não concordar com a tentativa de desfocar os objetivos do Movimento, inclusive com levando para junto das Manifestações Bandeiras, reacionárias e conservadoras, como a Cura Gay, a Maioridade Penal e outras bobagens. A despolitização do Movimento, perseguido pela Mídia e pela Direita, é outra critica do Passe Livre. A pauta era clara, a revogação da Tarifa dos Transportes e não bandeiras legitimas, mas que se resumiam a chavões e palavras de ordem. Sobre a violência detectada em alguns locais, o movimento atesta esta tentativa deseideologizar as manifestações, como um dos motivos, para este comportamento. No programa Roda Viva de Segunda-Feira, os lideres afirmaram que o papel do MPL, é exatamente propor uma discussão mais profunda sobre os serviços públicos e a qualidade de vida de toda a população.

Aqui em Limeira, na Manifestação de ontem, até a Prefeitura, teve este tom de seriedade e responsabilidade. A garotada, em sua maioria estudantes das universidades e faculdades do município, deram um show de organização. Ficou claro o que já disse aqui, sobre a insatisfação popular com as classes políticas, e não especificamente este ou aquele político ou partido. Isto demonstra que apesar dos avanços na economia, na distribuição de renda com o surgimento de uma nova classe média, isto não se traduziu em qualidade de vida, principalmente nas cidades médias e grandes.

As grandes Reformas não foram feitas. A Reforma Urbana, ao considerar um planejamento urbano que elimine os bolsões de miséria e que facilite o acesso á cidadania. A Reforma Tributária, que taxe as grandes fortunas, que possa fazer justiça com a sociedade. Uma Reforma Política que possa fortalecer as instituições no sentido de seu funcionamento democrático, punindo a corrupção e varrendo siglas de aluguel e onde mais a celebração da Democracia Participativa.

Esta é outra lição destas manifestações. Este é um assunto que já tratei aqui. Há muito tempo, que os movimentos sociais realmente organizados, clamam por participação efetiva nos destinos do País. A representação política ela já tem dado provas de falência há muito tempo. O MPL comprovou que quando um movimento tem organização ele é ouvido pela população. A representação de milhares na mão de um único agente, denota na maioria das vezes, a centralização e a burocratização das ações. Para que isto se transforme em caciquismo e corrupção, não precisa muito esforço. Esta na hora de abrirmos este debate. 

Discutir a ampliação de mecanismos de Participação. Garantir ao povo, que ele tenha o sentimento de pertencimento de sua cidade, pois ele participa plenamente dos destinos dela.
Mas um outro elemento já denunciado pelo MPL, precisa ser controlado. Os interesses da direita, conservadora, predadora e reacionária. 

Em Limeira, as tentativas de descaracterizar o movimento do Passe Livre, este sim representativo, por parte de Partidos e grupos aliados desde o Cassado até ex Candidatos á Prefeito, foi nítido, com a ajuda de parte da imprensa, em especial aquela que tinha privilégios e a perdeu com o Governo Democrático e Popular. Uma questão é que o movimento popular deve ser plural, não deve ter cor partidária, religiosa, mas não pode ser esvaziado de objetivos ideológicos, como este povo, que é partidário, tenta trabalhar em função da insatisfação com a politica. Isto é desonestidade.


As Manifestações são Legitimas, e com objetivos claros devem continuar. Mas uma correção, Limeira não acordou ontem, ela acordou no dia 24 de Fevereiro de 2012, quando iniciou sua luta contra a corrupção e pelo desenvolvimento social e econômico. A frase é errônea.

terça-feira, 18 de junho de 2013

UMA LEITURA DE CENÁRIO


A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
(A CIDADE- NAÇÃO ZUMBI)

O Movimento do Passe Livre, que vem organizando e liderando os Manifestos no Brasil inteiro, por um Transporte Coletivo de qualidade, não é nenhuma novidade, ou que suas ações acordaram o Brasileiro. O MPL, como se convenciona chamar, teve sua gênese, no inicio dos anos 90, capitaneado por estudantes secundaristas, ligados a entidades com a UBES, UEE e a UNE. Na época a reivindicação já era a catraca livre. Mas foi no Fórum Social Mundial de Porto Alegre em 2003, que o movimento se torna de âmbito Nacional e institucionalizado. Vai ser na Capital Gaúcha que os objetivos do MPL, vão ficar bem mais claros e objetivos.

Defende o Movimento, que o Transporte Coletivo, deixe de ser gerenciado pela iniciativa privada e passe a ser realmente público. Com esta concepção, entende, que não deve ser taxado e sim livre ou sem catraca, como foi a bandeira do Movimento em Salvador no ano de 2003, quando de uma paralisação parou a cidade por dez dias. O protesto era contra o aumento da tarifa de ônibus. Com o tempo, o MPL, foi aperfeiçoando suas propostas, bem como ampliando a participação, com a entrada de entidades dos movimentos sociais e populares.

A organização interna é o que chama a atenção. Não há uma estrutura hierárquica ou reduzida de decisão. Tudo é decidido em granes assembleias e plenárias, inclusive a responsabilidade de execução do que é decidido. Tem de tudo um pouco dentro do MPL, a coloração Partidária, embora majoritariamente de esquerda, não tem partidarização. É uma espécie de metodologia anarquista sem o ser.

Por isto, um dos argumentos mais falados, seja pela imprensa ou por setores de Partidários, que as manifestações são reação espontânea das massas, é errôneo. Até porque tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro, o MPL, vem organizando as ações contra os aumentos da tarifa de ônibus, desde Janeiro. Outro argumento, equivocado, que a grande imprensa tem insistido, é que as ações são contra a corrupção, contra a copa, com tudo. Não são.

A pauta em varias cidades, é clara, contra a tarifa (aumento) e por condições melhores de transporte. É óbvio que as condições de vida, principalmente nas grandes cidades não são das melhores. Se o Brasil avançou em muitas questões, ainda temos problemas graves na Estrutura da Sociedade. Reformas importantes não foram feitas, que poderiam modificar a vida nas cidades.

O Transporte Coletivo, é um dos setores de maior fragilidade, em todo País. O crescimento desordenado e sem planejamento urbano, faz as cidades crescerem, criarem bolsões habitacionais, sem estrutura básica para seu viver. O Transporte entregue muitas vezes a empresas, cujo único objetivo, é o lucro, e com governos que não fiscalizam e não pensam o sistema, priorizando uma gestão de pessoas, como afirma o Prefeito Paulo Hadich, desemboca em uma situação de caos.

Não sei ainda, se estas manifestações, trarão mudanças estruturais significativas ou se o ganho será pontual. Penso que não se trata de uma Revolução ou de um Movimento para derrubar Governos, embora setores da direita de forma oportunista, tem tentado forjar ou ainda setores de esquerda, que falam em conspiração ou golpe da direita. Uma coisa é certa. 

Há um descontentamento sim aos governos, sejam eles do PT, do PSDB ou outros. Uma incredulidade na classe política, que não consegue, solucionar os grandes problemas das cidades.


Pensar a cidade é pensar a Qualidade de Vida.

domingo, 16 de junho de 2013

ORGANIZAR, PARTICIPAR E LUTAR É PRECISO


Vamos passear nos Estados Unidos do Brasil
Vamos passear escondidos
Vamos desfilar pela rua onde Mangueira passou
Vamos por debaixo das ruas
(Os clarins da banda militar…)
Debaixo das bombas, das bandeiras
Este é um trecho da canção, “Enquanto seu Lobo Não Vem”, de Caetano Veloso, do disco Manifesto, Panis Et Circenses de 1968, o que lançou o movimento do Tropicalismo. Em uma linguagem cifrada ou metafórica, Caetano descreve o que eram aqueles dias para a Juventude dos anos 60. As manifestações eram realizadas contra a ditadura, com alegria, amor, mas escondida e na maioria das vezes debaixo de bombas e botas dos generais. Tempos duros, em que os movimentos sociais e populares, eram constantemente reprimidos e considerados terroristas e marginais. A História provou o contrario, e consagrou na Constituição de 88, a liberdade de expressão e de manifestação.
Em 2015 completaremos 30 anos do fim da ditadura e do processo de Redemocratização no Brasil. De lá para cá, o povo se organiza e luta por condições melhores de vida, trabalho e dignidade. Inúmeros são os movimentos que ressurgiram e surgiram após os 21 anos de trevas e totalitarismos. Foram e são estes movimentos responsáveis pelos avanços em nossa sociedade. São deles, as conquistas, a própria Constituição, a regulação de direitos da mulher, da criança, do idoso. A luta constante por ética na política, por Reforma Agraria, Moradia e muitas outras.  
Há de se destacar mobilizações nacionais, importantes neste período. O Fora Collor, as denuncias de violência no campo, as lutas por moralidade na máquina pública, a campanha contra a fome e centenas de outras. Uma sociedade que baseia seu funcionamento em um Estado de Direitos, tem o dever de respeitar suas instituições e suas Manifestações. Apesar do fim da Ditadura, uma herança ideológica dos gorilas que comandaram o País, ficou impregnada em setores das Elites dominantes.
O tratamento dado, as manifestações de Protesto em varias Capitais e em especial na cidade de São Paulo, mostra que para muitos a Ditadura estava correta. A posição do Governo de São Paulo, através da PM, tratar os manifestantes com tamanha violência, e o uso de vários meios de comunicação exercendo o papel de criminalizar as pessoas, em seu legitimo direito de reivindicar e protestar contra o aumento da tarifa do Transporte Coletivo, é sem dúvida resquícios ditatoriais. Alias a policia dos Tucanos é conhecida por sua truculência sistemática não só aos movimentos sociais como aos pobres.
A concepção destas mesmas elites, trazem principalmente ao cidadão de classe média, uma ideia de que quem se manifesta (inclusive reagindo a violência policial e política), é baderneiro, vândalo, formador de quadrilha, bandido comparado inclusive com os maiores criminosos do sub mundo organizado. Em Limeira até 2012, os movimentos sociais eram tratados com descaso e com a ponta da borracha de um cassetete. Hoje fico admirado que algumas personalidades inclusive de Oposição, se portam como defensores ardorosos dos Movimentos Sociais. São os mesmos que condenavam e criminalizavam lideranças e Movimentos. Que utilizavam dos Meios de Comunicação, bem como de seus postos públicos, para agredir e ofender, a população que se organizava. É a tal politica da conveniência e da total ausência de coerência.
O discurso conservador e reacionário, nos leva a pensar, que o querem as elites, é que as coisas se resolvam, sem reação, como em um toque de mágica. Se um governo, não dialoga com o povo, não atende e não se sensibiliza com suas reivindicações, a organização e a luta é o caminho. Um texto nesta linha publicado na Carta Capital esta semana, dá o tom desta discussão. Clic aqui: http://migre.me/f2Lra .
Parece estranho um membro do Governo Municipal, vir a público e fazer esta defesa dos Movimentos Populares. É para quem não me conhece e não conhece o Governo Paulo Hadich (PSB). Nossa origem é dos Movimentos Sociais, nossas lutas por uma cidade mais Justa e com inversão de prioridades, se deu por intermédio da organização popular. Não seria coerente se neste momento levantássemos uma bandeira contraria.

Por isto parafraseando Lenin, Todo o Poder aos Movimentos Populares.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O PASSADO QUER VOLTAR

A Comissão Parlamentar de Inquérito, mais conhecida como CPI, celebrada na Constituição de 1988, é um dos principais mecanismos de investigação e fiscalização do poder executivo pelo Legislativo. Sem dúvida este é um instrumento (não é o único), que possibilita que se possa colocar a pratos limpos, duvidas, denuncias e irregularidades de uma administração, de forma clara e transparente. O exercício da Democracia é evidente em uma comissão de investigação, mesmo sabendo que os embates realizados no interior dela, norteiam-se por estratégias políticas.

Talvez o Ex. Presidente Collor de Mello, não fosse cassado, se uma CPI, não fosse instalada no Congresso e um Motorista não tivesse a oportunidade de através de seu depoimento denunciar os desvios da corte palaciana. Como a Máfia dos Anões do Orçamento não seria desmascarada, se este mecanismo, não existisse. Bem como as duas CPIs da Merenda Escolar em Limeira, não fossem instaladas, dificilmente chegaríamos a saber, das irregularidades do sistema. A CPI é um misto de sistema jurídico, com alto teor político.

O Brasil passa-se a limpo, com a aplicação da CPI. No entanto, mesmo sendo uma ferramenta para tática politica, é preciso tomar cuidado, para não utiliza-la de qualquer maneira, apenas para interesses de grupo, criando expectativas na população, de grandes revelações que possam punir malfeitores ou solucionar graves problemas do município.

Na ultima segunda-feira, dia 10 de Junho, a Câmara Municipal de Limeira, foi palco de movimentos que á algum tempo não víamos. Grupos ligados ao Cassado Silvio Félix, ligados aos candidatos á Prefeito derrotados por Paulo Hadich (PSB), estavam juntos em uma empreitada, típica de uma tentativa de golpe e de total irresponsabilidade politica. A denuncia contra o Secretario de Governo companheiro Mauro Zeuri, feita na cidade de Rio Claro, referente a uma licitação realizada, naquele aquele município, gerou inicialmente questionamentos do MP Rio Clarense. Tais noticias de Jornais, motivou estes grupos, que durante oito anos blindaram e participaram de um governo envolto á denuncias de corrupção, á mais uma vez, atingir o Governo Democrático e Popular, tentando joga-lo na vala comum de políticos que fazem malversação com a máquina pública.

O próprio requerimento solicitando a abertura de uma CPI das Consultorias, continha argumentos e justificativas evasivas e sem um mínimo de gordura material, cabal de provas, que realmente convence-se os Vereadores a abrirem os trabalhos da Comissão. No oficio que não prosperou pois não há assinaturas suficientes para á apresentação á mesa diretora, os pedidos carecem de maior sustância de evidencias pelo menos. Por exemplo, item a, supostas irregularidades nas licitações de Consultoria; ainda no item g, outros assuntos que envolvam os secretários municipais e o pior a única fonte de provas materiais seriam noticias divulgadas pela imprensa.

Ora, os oito itens, sem nenhum fundamento pratico, apenas se baseia em suposições e noticias nos Jornais. Não apresenta indícios capazes de levar a duvidas sobre possíveis irregularidades e mal uso do dinheiro público. A principio nos parece mais um pelo em ovo, para tentar desfocar o governo e descaracterizar as mudanças que já estão acontecendo na cidade.

Além deste teatro na formulação do requerimento, a tropa de choque que dirigiu o município durante dois mandatos, utilizou fora e dentro da casa de leis, métodos nada republicanos, típico do que faziam nos tempos do império de Silvio Félix e companhia.

O Governo Democrático e Popular, já deu demonstrações de que não patrocinará nem um tipo de privilégios ou pagamentos por serviços prestados ilícitos.  Este governo vem provando que tudo que faz é com transparência, não tem nada a esconder de ninguém. Não vai tolerar desvios de conduta de quem quer que seja. Exigirá de quem for suspeito que se explique a sociedade, como fez o Secretario Mauro Zeuri, na semana passada. Afastará aqueles que não conseguirem provar o contrario.

Temos a clareza da importância da minoria, e a CPI é um mecanismo que contempla a oposição e deve ser assim. Mas o que estamos vendo, é o velho jeito de se fazer politica, no subterrâneo com praticas de beneficiar grupos, de abandonar os reais problemas da cidade. O jeito predador de ser.

A turma do atraso politico e do desenvolvimento da cidade, ainda ameaça a paz da população. Uma paz para reconstruir a cidade, das marcas que a corrupção deixou. A cidade já plebiscitou sobre esta gente, não as quer mais, as derrotou nas urnas.


Agora a hora é de unidade para crescer.

sábado, 1 de junho de 2013

TODOS SOMOS IGUAIS


O Brasil é um País, onde todos os tratados de Direitos Humanos são há décadas desrespeitados. Temos Histórico de violência com o que é sagrado ao ser humano, comparado inclusive a regimes fechados, totalitários e em guerra constante. Outro dia em um texto do Jornalista Leonardo Sakamoto, me surpreendi o quanto se explora a criança no trabalho. Seu texto um primor de Jornalismo investigativo e ao mesmo tempo com compromisso na defesa dos DH, mostra o trabalho de crianças que deveriam estar na escola, na coleta de caranguejos nos mangues da Paraíba. Caranguejos inclusive que irão para a mesa de uma classe média, que pode pagar por pratos que nenhum operário ou que recene bolsa família, sonhou um dia comer.

O mesmo Sakamoto, em uma matéria anterior, foca nos abusos sexuais, cometidos com mulheres, nas chamadas baladas chiques das grandes e médias cidades. Os assédios forçados e violentos, onde meninas vão para se divertir, são agredidas fisicamente e moralmente. Leio todos os Jornais de minha cidade todos os dias. Não sou (não era), muito de ler as páginas policiais, mas por força do oficio, de estar no poder público, leio todos os cadernos dos periódicos. As matérias e notas, em sua maioria extraídas de Boletim de ocorrência, mostra o inferno que é a vida dos pobres na periferia. Quase todas as ações das policias são nas regiões afastadas e de miséria. São ocorrências de prisões de aviãozinho, ladrões de galinha, brigas e as vezes algo mais grave. Imagino as noites e dias desta população, acuada dentro de seu habitat, de um lado o crime organizado que não é molestado pelas autoridades, de outro a policia que não separa o joio do trigo.

No dia de ontem, no Jornal de Limeira, li uma matéria, que alias muito bem feita, do ponto de vista Jornalístico, sobre a preocupação da classe média que vive em condomínios fechados, com a segurança de seus moradores. Justo, porem corporativo e um pouco egoísta. Fecho-me em muros, me cerco de alarmes e guardas de segurança e o que acontece em meu entorno não me interessa. Como não tem interesse, as denuncias de um aumento significativo de nossos adolescentes em conflito com a lei, ou as constantes denuncias de violência a mulheres, negros, Homossexuais, seja física, seja moralmente.

Tenho acompanhado os esforços do Governo ao qual estou ajudando a construir, na questão dos Direitos Humanos. Não se pode pensar no bem estar das pessoas, sem qualidade de vida. As ações do Projeto Este Bairro é Meu, os convênios de combate as drogas, o plano municipal de Segurança Pública, são algumas das ações, para a busca de igualdades de direitos. O próprio governo sabe que é pouco, há necessidade de agilizar as ações de forma mais concreta.

Mas o que mais preocupa, é a consciência. Em especial daqueles que fazem opinião, se acercam de instrumentos como a escrita ou a tribuna de um poder público ou da liderança de uma instituição. Minha cidade com certeza esta entre as que mais desrespeitam os Direitos Humanos. Aqui a Xenofobia é cantada e decantada, até por políticos de vários mandatos. O tratamento de alguns setores da economia com os trabalhadores, ainda remota aos tempos de casa grande & Senzala.

Penso que é preciso um esforço das chamadas forças vivas da cidade, em compreender que é preciso mudança nas atitudes e na concepção de encarar os direitos fundamentais do Ser Humano. Iniciativas como a do CEPROSOM em organizar um Seminário contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, do CAD- Centro de Defesa da Diversidade- de promover eventos de combate a Xenofobia, do CEDECA- Centro de Defesa da Criança e do Adolescente- em trabalhar através de um abaixo assinado, a vinda de nossos internos para as unidades da Fundação Casa em Limeira, são sem dúvida, ações que aqueles que tem acesso a informação e a cidadania, deveriam assumir.