Desde que me conheço por gente, tenho escutado, que empresas de fora, não
escolhem Limeira, porque empresários daqui, formam um lobby influenciando
decisões de governos. Acredito ser pura lenda, baseada mais em um discurso
protecionista de nossa economia local, bem como de um complexo de vira latas,
muito forte na cidade. É o sentimento pessimista e derrotista, ao qual escuto
desde que nasci, de que aqui nada acontece, tudo se perde. Quem que nasceu
aqui, não se lembra ou já não ouviu, que perdemos a Gooddyer e Carterpilar,
para Piracicaba e Americana respectivamente?. Acredito e isto tenho a plena
certeza, de que sempre faltou uma politica mais objetiva e competente não só
para atrair investimentos econômicos, como investir na economia local.
Mesmo sem um projeto de atração econômica, que vá além de incentivos
fiscais, nos últimos anos, tivemos a instalação de vários negócios no município,
em especial no setor de serviços, como Hiper Mercados e outros. Na indústria Metalúrgica,
o parque industrial da Limeira Piracicaba, esta em franca ascensão, com a vinda
da Faurecia e varias outras. Temos uma localização estratégica, para circulação
de mercadoria, por estarmos entre três auto estradas e a possível construção do
Aeroporto, primeiramente de cargas e depois de passageiros. É notório o
interesse de grandes empresas e corporações, aqui se instalarem e realizar
investimentos. A vinda de marcas econômicas, como a Sansung por exemplo, traz
muito mais prestigio a cidade, porem solução para geração de emprego e renda não
chega a ser fundamental. É importante, mas não vital.
O que segura a economia de Limeira, é sem duvida a economia local, as empresas
da cidade. Hoje industrias de folheados, o comércio e metalurgia, são o esteio
de empregos e renda. Basicamente estes setores, formados por pequenas e médias
empresas, são de propriedade de famílias Limeirense ou que aqui estão há muitos
anos. Porem são segmentos que sofreram muito com as crises econômicas dos anos
80 e 90 e sem uma politica de desenvolvimento local, deixaram de se modernizar
tecnologicamente, bem como nas relações de trabalho. Muitas não resistiram a
crise, e fecharam suas portas. Outras suportaram, porem precarizaram a produção
e os direitos trabalhistas. Podemos pensar que a carga de impostos seja
abusiva, mas não se pode pensar em desenvolvimento sem condições dignas de
trabalho e salário.
Em síntese nosso parque econômico, se sustenta com empresas locais. São elas
que empregam a maioria dos trabalhadores da cidade. Por isto é preciso
repensar, politicas de investimento, apenas com o olhar nas Multi Nacionais.
Elas são sem dúvida necessárias. Mas cuidar de nossa vocação ou realidade
industrial e comercial se faz prioritária. Primeiro é preciso tirar da
clandestinidade mais de 400 fábricas de folheados, que trabalham sem alvará de funcionamento,
com trabalhadores sem carteira assinada e direitos básicos. Segundo, o Governo
democrático e Popular, já vem fazendo, investimentos em infra estrutura, capaz
de colaborar para o aquecimento da economia, com transporte de qualidade, ações
do Turismo de Negócios, Segurança e outros.
É impossível pensar em Desenvolvimento local, se ainda as empresas
(parte delas), emprega mão de obra infantil, como mostrou o Globo repórter desta
semana. Como é impossível, aquecer a economia, com as empresas terceirizando e
quarteirizando direitos básicos dos trabalhadores, como carteira assinada por
exemplo. A administração Pública, e o Governo de Paulo Hadich, tem procurado
cumprir sua parte, vem desenvolvendo ações que possam reativar o
desenvolvimento econômico, investindo em Infra Estrutura Básica, como acessos
nas Rodovias aos Distritos Industrias, revitalização de polos de negócios como
a Avenida Costa e Silva e outras iniciativas.
Mas cabe aos empresários e suas entidades, como ACIL, CIESP, SINCOVAL,
SINCAF e outros cumprirem sua parte e acreditarem que só com o desenvolvimento
cresceram, ou melhor todos cresceram.
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