sábado, 31 de agosto de 2013

MERCEDES BENZ, SEJA BEM VINDA, MAS SEM CHANTAGENS

Peço licença á União de Sindical dos Trabalhadores de Limeira, por chupar literalmente a frase do titulo deste texto, da carta aberta enviada para a imprensa, por esta respeitada instituição. Não podia pensar em outro titulo, para tecer comentários sobre a polêmica, estabelecida esta semana nos meios de Comunicação da cidade, acerca da vinda da Montadora Mercedes Bens para o município vizinho de Iracemápolis. A Prefeitura daquela cidade, cujo Prefeito respeito muito, informou que a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos que representam os trabalhadores de Iracemápolis, teriam entrado em um impasse, quanto as condições trabalhistas que seriam oferecidas pela empresa, desde que haja concordância com o Sindicato de Classe.

O que apurei, e a imprensa noticiou, é que a Mercedes, propõe flexibilizar direitos dos Trabalhadores. Três são os pontos de divergência: A mudança da data base de Novembro para Abril, a instalação de um Banco de Horas cuja a programação de compensação, seria a empresa que definiria e por ultimo, o mais grave o congelamento de salários por três anos. A Prefeitura preocupada, com a situação, ao meu ver se precipitou em levar a questão ao público, acarretando uma crise sem necessidade, pois as negociações entre a empresa e o Sindicato não cessaram, embora difíceis.

O texto da USTL, é de total solidariedade aos companheiros Metalúrgicos. Como a Carta dos Sindicalistas afirmam, todos queremos a vinda da Mercedes bem como de outras empresas. Mas também queremos que aja investimentos em nosso parque produtivo, que efetivamente é o que gera empregos e renda. Não se pode a qualquer custo, fechar acordos de atração de investimentos, colocando em risco, conquistas de décadas da cidade e neste caso da luta dos Trabalhadores. Não se pode desconsiderar que os direitos dos Trabalhadores no Brasil, não foram dados pelos patrões ou concedidos sem luta e em muitos casos derramamento de sangue.

É obvio que o Sindicalismo Brasileiro precisa se reciclar, entender que era da informação, através da introdução de novas tecnologias, exige um relacionamento entre capital e trabalho mais apurado, e uma organização no chão de fábrica que detecte os novos problemas que ameaçam a vida do trabalhador. O dialogo sempre é o melhor caminho. E ele deve ser instrumentalizado, com o objetivo de sempre se buscar o consenso. Nunca a faca no pescoço ou a chantagem como escreve a USTL, deve ser usada nas negociações. O desespero, ou o julgamento precipitado que alguns vem fazendo neste episódio, também não contribuí para se chegar em um acordo.

A Prefeitura cabe ser a interlocutora da população, no que diz respeito a sua qualidade de vida e ao desenvolvimento da cidade. Não medir esforços para buscar investimentos que levem a estes objetivos, é sem duvida nenhuma um exemplo de um Estadista e um bom administrador, qualidades que o Prefeito da cidade vizinha, meu companheiro Walmir tem de sobra. Mas entendo também, que nesta linha o governo deve estar trabalhando para que ninguém perca, nem os trabalhadores, nem a cidade. Tenho certeza de que isto esta sendo feito.


Quanto ao Sindicato, deve continuar na linha da defesa da manutenção de direitos. A solidariedade dos Trabalhadores e do Sindicalismo da cidade e região, os companheiros Metalúrgicos, já tem, isto mostra que estão no caminho certo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário