quarta-feira, 25 de junho de 2014

TORCEDOR DE BOUTIQUE OU DE ARQUIBANCADA?


A música ou grito de guerra, Eu sou Brasileiro, com muito orgulho e muito amor, entoado a exaustão durante esta Copa do Mundo é chato e nada tem a ver, com tradições futebolísticas. Ufanista , este hino, deveria ser usado, para decantar discursos nacionalistas e populistas, nunca para um campo de futebol. Trabalhei aqui já, de que não acredito nesta de que com a Seleção Brasileira em copas, á pátria esta de chuteiras. 

Esta canção, hino ou grito de guerra, foi apresentado por seu autor Nelson Biasoli, em concurso de enaltecimento ao nacionalismo. Concurso este organizado pelo Governo Federal em 1949. Algo típico daqueles tempos, de populismo Nacionalista. Isto nada tem a ver com Soberania e independência Nacional. Muito menos um jogo de bola, se decide o destino de uma nação, por mais que para nós Brasileiros, Futebol é cultura e tradição.

Futebol é entretenimento, é paixão e com a redemocratização do País, passou a ser elemento importante de inclusão a Cidadania. Musicas e gritos de guerra são comuns nos Estádios. Quem não esquece do Vamos Ganhá Porco, ou Somos um Bando de Loucos, Corinthians, Corinthians. Sem falar que o cardápio das torcidas é variado, sortido. Sobre sim uns palavrões, mas nada igualado a falta de respeito do TC dado a Presidente, na abertura da Copa.

Os gritos de guerra, traduzem uma orientação ao torcedor. Emocionar os jogadores em campo, ser o décimo segundo jogador. No Futebol e em quase todos os esportes, a Torcida não é mera espectadora, ela deve cumprir o papel de incentivadora de seu excrete. Ela participa, esta em uma arena, onde há uma luta no bom sentido. Esta uma tradição das velhas arenas romanas, onde se escolhia um gladiador a torcer.

Torcer, não é exprimir ódio ou fazer das arquibancadas palanques ideológicos ou eleitorais. Torcer é apoiar o time, com alegria e energia. O torcedor desta Copa, não é o do Futebol. Não tem o perfil, do torcedor que conhece cada canto do Estádio, que se familiarizou com ele. Como se o campo fosse a extensão de sua casa. 

O Padrão Fifa de Copa do Mundo, criou uma elite, mais preocupada em produzir Selfies do que com o jogo em si. A Copa do Mundo, com ingressos caríssimos, com a ausência de ambulantes, vendendo amendoim e Cerveja, afastou o Torcedor da Favela, da periferia. Afastou a emoção do campo e a alegria de torcer.

É preciso repensar o Futebol, combater o negócio a todo custo e restabelecer a magia não só no campo, mas nas arquibancadas.

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