Uma das décadas de maior
discussão sobre o papel do Estado, foi
sem duvida, a dos anos 90 do século passado. A evolução do Neo Liberalismo,
vindo como experiência que deu certo na concepção de seus ideólogos e
seguidores na Inglaterra de Margareth Thatcher, vai ser o balizador do debate
sobre Estado forte, Estado Fraco. O que mais se ouvia, dos defensores neo
liberais, era que a função do Estado não era sua intervenção na economia. Os mercados
devem ser livres, clamava George Soros, um dos maiores especuladores econômicos.
Economia fraca é a controlada pelo Estado. O Estado deve se limitar a cuidar da
administração do social, este era o discurso dos defensores do Estado Mínimo.
Durante o Governo de Fernando Henrique Cardoso, cansei de ouvir este discurso.
Na pratica, o que se viu
aqui e em todo o mundo, foi a pirataria das grandes corporações, que tinham o
Estado como refém. Mantinham-se livres para especular nos mercados, enquanto os
governos nacionais criavam condições na legislação e na execução seja de forma
licita ou não. No Brasil, a privataria tucana, com a venda das Estatais a preço
de banana é um exemplo da facilitação para o Capital e os mercados controlados
pelas corporações multi Nacionais. Leis para salvar banqueiros falidos, abertura
do cambio, com juros altos, facilitou a importação e a recaída da indústria nacional
e de consumo interno. Mas não era só na Economia, que o Estado Mínimo agia.
Cortes nos investimentos nas politicas sociais, gerou mais de 50milhões de
pessoas abaixo da linha de pobreza.
O contrario do Estado Mínimo,
de uma economia controlada pelo Capital Especulador, vem o Estado de Bem estar
Social. Sua origem vem da Europa, em Países de governos da Social Democracia ou
de cunho liberal. Cabe ao Estado regular a Economia, definir critérios e
limites para o Mercado e garantir para a população condições dignas de vida,
através de politicas públicas que promovam o bem estar da sociedade. A
Constituição Brasileira é francamente definida como um Estado de Proteção.
Nenhum Brasileiro, pode ser privados de Direitos á Moradia, á Educação, á
Saúde, ao Transporte, á se vestir, comer e ter lazer.
Dois são os princípios para
a instalação do Estado de Proteção e Bem estar Social. O Estado de Direitos e a
manutenção destes mesmos direitos através dos impostos pagos pela sociedade ao
Governo Executivo, responsável pela garantia deste Estado. Em Países Europeus,
garante-se estas condições. O Estado é penalizado por legislações se não cumprir
esta concepção de proteção.
Sou defensor do Estado de
Direitos e que ele seja de Bem Estar. Porem um Estado de Direitos é sempre
acompanhado de deveres. Governos que passaram por Limeira, sempre tiveram um
jeito de administrar, desprotegendo a população e construindo uma cultura do
levar vantagem, principalmente quando se é amigo do Rei. O discurso para as
massas sempre foi dúbio. Ao mesmo tempo que cortava investimentos sociais,
permitia hábitos individualistas que reforçavam o paternalismo e o
assistencialismo.
A resistência de alguns
setores da sociedade a Lei que autoriza o município, a levar para o cartório de
protestos, os devedores com as taxas municipais, vem de uma cultura baseada no
jeitinho, e na completa ausência de responsabilidade do município com o erário e
com a proteção social. Ora o calculo é simples. Se tem caixa, tem
investimentos. É claro que um Estado de Proteção, também é humanizado. Isto o
Governo Democrático e Popular, tem clareza porque a origem do grupo que o hoje
esta no comando da Prefeitura, é de compromisso com o ser humano.
Fazer de Limeira um lugar agradável
para se viver, é exatamente contribuir para as mudanças necessárias, rumo a uma
melhora na qualidade de vida das pessoas. A responsabilidade com a coisa
pública é de todos.
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