domingo, 10 de novembro de 2013

TV CÂMARA UMA FALSA POLÊMICA

Esta semana, o assunto em todas as mídias, foi o valor destinado no Plano Plurianual, mais conhecido como PPA, para a criação da TV Câmara, pelo legislativo Limeirense. O foco é a quantia considerada pelos críticos como abusiva, alta e sem propósito. Os argumentos em sua maioria, insuficientes para justificar a negativa da proposta. E entre estes absurdos, de que a TV seria para pagamento de campanha eleitoral, do Presidente da Câmara Municipal e do Prefeito Paulo Hadich. Absurdo que deve ser apurado e punido os autores desta falácia.

Fraternalmente tenho que admitir que o companheiro Ronei Costa Martins, não fez o debate sobre o assunto, antes da destinação do recurso. Se o tivesse feito, com certeza não haveria esta grita de setores, seja de oposição, seja de alguns preocupados em ver seus interesses contrariados, por uma TV Pública e institucional. Porem apesar desta precipitação, não há motivos para novamente plebiscitar o Presidente da casa de leis.

Sou favorável a TV Pública. E explanarei meus motivos para isto. Primeiro é importante contextualizar, que Comunicação no Brasil é privada e monopolizada por pequenos grupos políticos. Embora canais de TV e Rádio sejam concessão pública, a maioria destes veículos não cumprem um papel de prestadores de serviço e de contribuição a Cidadania. Durante a Ditadura Militar e o Mandato de FHC, as concessões públicas serviram como moeda de troca. Me de apoio politico, que eu te dou um canalzinho de TV ou uma frequência de Radio. Era assim que funcionava.

A partir do Governo Lula, embora as concessões públicas para empresas privadas, continuarem (com menor ferocidade), começou-se a discutir a comunicação governamental e os vários instrumentos para discutir, a cidadania e a democratização dos meios de mídia. A regulamentação da TV a Cabo, a possibilidade de convênios entre os poderes públicos, como o feito entre o legislativo Limeirense e a ALESP, o modelo de TV Digital, onde as instancias públicas tem prioridade de instalação de canais e o fim da perseguição as emissoras comunitárias.

Junto a esta legislação, o debate sobre a importância da comunicação neste século XX. Estamos na era da informação, rápida e em tempo real. Com a nova mídia, a Internet, são as velhas mídias que devem se adaptar ao ritmo da circulação de informações. Não se pode mais, omitir os fatos.

O cidadão médio e as classes C e D, com a sua recuperação econômica, esta cada vez mais exigente, quanto a obter informações, para participar da vida de seu País. Um exemplo claro, disto foi as manifestações de Junho, que pegaram não só os políticos na surpresa, como as formas tradicionais de mídia, que só perceberam o que estava ocorrendo, quinze dias depois dos protestos. Mas as redes sociais já borbulhavam um mês antes as insatisfações da população.

É responsabilidade do poder público, não ficar alheio a estas mudanças e transformações de hábitos e comportamento da população. Que hoje se comunica muito mais que a vinte anos atrás. A comunicação Governamental, precisa ser transparente, informar as ações do governo, dando um foco, a construção da Cidadania, da Prestação de Serviço, da Democratização do veiculo, propiciando a participação de todos. Em um Estado de Direito a liberdade de expressão deve ter espaço para ser exercitada. Uma TV Pública tem capacidade e interesse público e dever de democratizar este acesso.

A iniciativa do Presidente da Câmara o companheiro Ronei, que diga-se de passagem, desde que o debate iniciou-se em 2005 na gestão da Vereadora Elza Tank, é o único que vem debatendo com transparência e coragem, pois trata-se de um tema polêmico, porem necessário. É preciso discutir com maturidade, deixar de desfocar da necessidade de termos a Democratização das mídias, que pode o poder público ser o exemplo, para este caminho, que se depender dos conglomerados de comunicação não será feito.


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