quinta-feira, 28 de março de 2013

OP: ESCOLA DE CIDADANIA


No ultimo dia 19 de Março, no Teatro Nair Bello, em Limeira, ocorreu a solenidade de lançamento de um dos mais importantes instrumentos de Participação Popular, o Orçamento Participativo, conhecido carinhosamente de OP. Compromisso da Coligação “Um Novo Tempo para Limeira, durante a campanha eleitoral de 2012, o OP foi apresentado para mais de 400 lideranças da sociedade civil organizada, entre elas inúmeras Associações de Moradores, ONGS, Empresários, Sindicalistas e outros. Na oportunidade, o Professor, dirigente da Associação Brasileira de Municípios e Prefeito de Várzea Paulista de 2004 á 2012, Eduardo Tadeu Pereira. Sua administração foi reconhecida nacionalmente, por ser marca pela participação popular, a inclusão social e o desenvolvimento sustentável.

Autor do livro “Educação Política: Uma experiência com o Orçamento Participativo”, Professor Edu como o conhecemos, nos deu uma verdadeira aula de exercício da cidadania, nos contando sua trajetória com o OP, onde o desenvolveu durante os oito anos de sua administração. Na exposição o Professor, frisou por varias vezes, que o Orçamento Participativo, é mais do que socializar a elaboração da peça orçamentaria municipal com a população, bem como não é apenas um espaço de detectar demandas. O OP é uma Escola do exercício efetivo da cidadania. É através deste mecanismo, que o cidadão passa a conhecer como o dinheiro dos impostos que paga, são efetivamente gastos. Começa a tomar conhecimento da máquina pública, seu funcionamento, bem como seus problemas. Mas o principal é ele cidadão, que com a ferramenta do OP, definirás as prioridades de investimentos, como também será a população que fiscalizará o cumprimento do orçamento, como ela definiu e aprovou nas assembleias regionais e da cidade.

Embora no Brasil e no mundo ocorre-se outras experiências de participação popular na elaboração do Orçamento (Lages (SC), Vila Velha (ES), Diadema (SP) ) foi em com a Administração do Petista Olívio Dutra em Porto Alegre a partir de 1988, que o modelo que conhecemos hoje começou a ser implantado. O OP Gaúcho, nasceu das lutas dos movimentos populares e não da cabeça de um intelectual.  Desde 1986, a UAMPA - União das Associações de Moradores de Porto Alegre, vinha discutindo a forma tradicional de se elaborar o Orçamento do Município. Descobriu-se que havia um hiato, técnicos da Prefeitura faziam a peça, que ia até o Prefeito para seu conhecimento e aprovação. Pós este método o Projeto ia para a Câmara de Vereadores para sua aprovação. Tudo isto sem a participação da cidade e muito menos fiscalizado pelo cidadão que paga tributos.

Em Limeira era igualzinho até o ano de 2012. As consequências, eram verdadeiras peças de ficção, na qual o Prefeito cumpria apenas o que lhe interessava. O exemplo da farsa do orçamento é a peça deste ano, feita pela gestão passada, onde o previsto não corresponde o reservado e arrecadado. Tal situação levou a complicações, como corte em alguns investimentos. Além disto a não previsão de algo importante como o aumento salarial do funcionalismo, em que o governo acordou na mesa permanente com os sindicatos, o maior reajuste da região e dos últimos anos.

O OP de Limeira, terá um método de intenso debate e deliberação de como o dinheiro do município será investido. Primeiro a cidade foi dividida em seis regiões urbanas e quatro na zona rural. A partir do dia 02 de Abril, iniciam as primeiras Assembleias Regionais, onde será apresentado os números e o que será debatido. Depois uma segunda Assembleia onde se definiram as prioridades regionais e a eleição dos representantes populares na Assembleia da Cidade, que terá a finalidade de aprovar o texto do orçamento e eleger o Conselho do Município, que encaminhará para a votação na Câmara e cumprirá o papel de fiscalizar a aplicação do orçamento.

Para saber mais, conhecer os locais, horários das Assembleias nas regiões, basta acessar o site da Prefeitura: www.limeira.sp.gov.br .

  

domingo, 24 de março de 2013

O COMPLEXO DE VIRA LATA


Nelson Rodrigues Jornalista e escritor Brasileiro, ficou conhecido no País por seu estilo ferino de escrever, descrevendo de forma crua e nua, as agruras do povo em especial da classe média. Não tinha nenhum pudor com isto, desferia suas analises, criticas e ataques em tudo que fazia, seja em jornais, seja em livros ou em peças de teatro que criava. É dele a famosa frase que dá titulo a este artigo. Ela nasceu após a derrota da Seleção Brasileira de futebol, para o Uruguai em pleno Maracanã em 1950. Ao observar o comportamento das pessoas, ao se sentir inferiorizado em tudo no que diz respeito ao resto do mundo, o Jornalista disparou esta frase para caracterizar o baixo astral de nosso povo.

Este sentimento de derrota ante ao estrangeiro nos acompanha a décadas. Sempre há as conversas de que nada que fazemos é superior, melhor ou de qualidade em relação ao chamado primeiro mundo. Até aí nos auto definimos como terceiro mundista, rivais de países pobres da África, da Ásia e da América Latina. Nos auto penitenciamos. Estamos sempre acreditando ou nos fazem acreditar, que a nós resta se conformar em ser dependentes das grandes potências. Para muitos nós temos as piores coisas, aqui a tendência sempre é de dar errado. Governos durante anos foram responsáveis por este sentimento idiota de estar sempre por baixo. Primeiro pelo tempo desde as caravelas de Cabral, de politicas voltadas as elites dominadoras, segundo pela mídia sempre atenta a nos colocar por baixo. Esta identidade cultural, faz até hoje muita gente dizer que esta com saudades dos Militares, justo eles que abriram as comportas de nosso território ao imperialismo.

Outro dia na rede social facebook, ví um post de um oposicionista do Governo Democrático Popular de Paulo Hadich (PSB), dizendo estar com saudades de Silvio Félix, o Cassado em 24 de Fevereiro de 2012. O Governo Lula com sua concepção de inverter a pirâmide social, iniciou o processo de resgatar uma estima ferida por décadas. O fato de lançar programas como o Bolsa Família  PROUNI e outros, estabelecer um papel de protagonista no cenário mundial dos países em desenvolvimento e outras ações. A chancela de Vira Latas que ia ao FMI e ao Banco Mundial receber ordens, já não ocorre mais. Um País de grandes qualidades, no esporte, na cultura e mesmo com experiências administrativas revolucionárias, não pode mais se sentir a laranja estragada, ou o patinho feio.

Desde que o Governo Municipal da Coligação “Um Novo Tempo para Limeira”, tomou posse, uma campanha de setores de Oposição e uma parte da mídia, aquela que se refestelava no poder, em criar um clima de que esta administração é igual as outras, uma tentativa descarada de jogar na mesma latrina este grupo que lutou durante trinta anos por uma cidade justa e com desenvolvimento, com o grupo de Silvio e Cia.

A tática é velha e carcomida. Buscam acusar sem provas, de forma chula e grosseira, em especial na rede de computadores. Mesmo nas ações positivas do governo (e já foram muitas), especulam brechas para espinafrar de forma gratuita e sem sentido. A atuação deste grupo ligado a candidatos á prefeito derrotados nas urnas em 2012, tem feito enormes trapalhadas, mostrando total descompromisso com a cidade. Bancar a suposta Greve dos Servidores tem sido mais uma destas inconsequências.

A cidade já demonstrou que não quer conviver com a Síndrome de Vira Latas, ao cassar um Prefeito e votar na esquerda. Demonstra no dia a dia sua confiança em um projeto de Participação Popular efetiva e acredita ser o dialogo a forma mais contundente para reconstruirmos a cidade e resgatar nossa identidade de um povo trabalhador e cidadão.

quinta-feira, 21 de março de 2013

COMPROMISSO COM A CIDADE


O principal compromisso da coligação “Um Novo Tempo para Limeira”, desde a campanha eleitoral, foi o de efetuar mudanças estruturais e políticas no jeito de governar a cidade. Os quatro eixos estruturantes expostos em nosso programa de governo, Gestão, Transparência, Participação Popular e Qualidade de Vida estão sendo construídos neste mandato Democrático e popular. Herdamos uma Prefeitura e uma cidade destruídas pela corrupção e má gestão do dinheiro e do patrimônio público. Não se reconstrói da noite para o dia uma cultura de fazer política atrelada ao clientelismo, ao fisiologismo e ao total descaso com as reais necessidades da população. É preciso mirar o futuro a partir do hoje, do agora, juntar forças com todos, inclusive com a oposição.
A responsabilidade, o bom senso e a serenidade serão os condutores destas mudanças. O Governo não fez e não fará nada que signifique aventuras megalomaníacas, como as realizadas no passado. O compromisso com a cidade é grande. Em conjunto com a população vamos enfrentar os desafios de uma administração pública calcada no cumprimento de seus deveres. Assim, ao nos depararmos nos primeiros 15 dias de governo com a peça orçamentária para este ano, elaborada pelo governo passado, tivemos a triste constatação de se tratar de uma peça de ficção. Os números não batem com as despesas e a arrecadação. Faltaria hoje para cumprir com os compromissos (sem contar com novos investimentos) mais de R$ 70 milhões.
Mesmo com este quadro caótico, o Governo se compromete a conceder ao Funcionalismo Público, o aumento de 11,81%, sendo 6.31% no pagamento de abril e o restante referente ao crescimento real de salários, em mais duas parcelas, de 2,75% em junho e 2,75% em dezembro. Tal situação, sem alternativas de arrecadação, pode acarretar em cortes nas despesas, bem como na ausência de investimentos. Porém, o Governo respeita o servidor público, pois é ele que carrega a tarefa de prestar o serviço com qualidade à população.
Desde o inicio desta gestão, o prefeito Paulo Hadich (PSB) tem se preocupado e tratado com carinho o que mandatos anteriores fizeram com o conjunto do funcionalismo. A desvalorização da carreira é imensa. Há enormes distorções salariais e elas são históricas. As condições de trabalho são ruins e as garantias de ascensão na carreira quase inexistente. Com isto, a primeira providência foi restabelecer o diálogo com as diversas categorias criando a Mesa Permanente de Negociações, que tem a incumbência de reconstruir a dignidade dos trabalhadores ao longo dos quatro anos de mandato. A Mesa se reunirá todo mês. O que não se resolver em uma rodada será retomado na próxima. Outra importante mudança foi a inclusão nas negociações de todos os sindicatos representativos da categoria. Além disso, as pautas foram e continuarão a ser discutidas em sua totalidade e não apenas no que interessa ao governo ou aos sindicatos e sim aos trabalhadores.
Nesta primeira rodada de negociações, o governo apresentou suas propostas em tempo recorde. Há muitos anos não se resolvia com tanta tranquilidade as reivindicações sindicais. E a mesa permanente o fez. Das mais de 120 reivindicações dos três sindicatos (SINDSEL, SINDGUARDA E APEOESP), mais de 50% foram resolvidas pelo governo. O restante terá prosseguimento nas próximas rodadas. Entre elas, a anistia das greves dos guardas e professores, pagamento de insalubridade e periculosidade a quem ainda não recebe, formação de comissões para revisar ainda neste semestre o Plano de Carreira e o Estatuto do Servidor, além de três compromissos já encaminhamentos e que foram de iniciativa do Executivo e não reivindicação dos sindicatos: o pagamento passou a ser pago desde janeiro até 1º de cada mês. Além disso, está em construção o restaurante dentro do paço municipal para servir alimentação aos servidores a um preço acessível e um ambulatório médico.
Pela lisura do processo e sua transparência não há sentido que um dos sindicatos da categoria (SINDSEL) decrete greve. Este mesmo sindicato que pediu para adiar a votação do projeto que criava a Mesa na casa de leis, após concordar com a instalação é o mesmo que infelizmente decretou estado de greve, com as negociações estavam em seu início. Além disto, acusou o Governo de não responder sua pauta, aja vista que o acordado e aceito pelas entidades sindicais era que o espaço de conversas com o governo seria a mesa permanente.
Porém, temos que comemorar este processo por várias razões históricas. A primeira é a da criação de um fórum sério e efetivo de negociação. A segunda é a transparência nas discussões. A terceira é que o aumento concedido é o maior desde 2005 e o maior da região. A quarta é de que estamos dando um passo importante para a valorização do servidor público e a consequência será a melhora da prestação do serviço.

domingo, 17 de março de 2013

RECORTES


Não sou muito de utilizar desta forma de texto, como boa parte da mídia e articulista na cidade, gostam de fazer. Pequenos comentários, sobre vários assuntos na mesma escrita. A falta de aprofundamento nos temas, prejudica uma melhor reflexão e as vezes, soa como fofoca, incitamento a intrigas e palavras vazias. Porem esta semana, foi recheada de fatos, aos quais não poderia deixar de lado, por serem altamente importantes e significativos. Vamos a eles:

MESA PERMANENTE
Um dos grandes gargalos do poder público municipal, foi a relação com o funcionalismo público. Primeiro levou quase uma década para que a Prefeitura reconhece-se o SINDSEL como um dos representantes dos trabalhadores. Depois o tratamento continuou sendo de descaso e de total falta de dialogo. As reivindicações eram encaradas como lixo e as lutas como caso de Policia. Silvio Félix, por exemplo por varias oportunidades usou da força e de agressões verbais para descaracterizar as legitimas greves e manifestações dos trabalhadores. Além é claro de perseguições e praticas de Assédio diários.
A proposta do Governo Democrático e Popular de Paulo Hadich (PSB), de instalação da Mesa Permanente de Negociações, mostra o respeito do governo com o funcionalismo. Primeiro em reconhecer que é preciso resgatar a dignidade do Servidor, abrindo o dialogo franco, aberto. Segundo garantindo a participação de todas as entidades representativas da categoria. Em duas reuniões já realizadas, o município já superou 50% da pauta dos Sindicatos, em um total de 120 itens, entre eles, correção de distorções salariais, pagamento de insalubridade e periculosidade, anistia das greves da Guarda Municipal e do Professores. O famoso enrolaishow, das administrações passadas acabou. Além do mais todo mês acontecerá as reuniões ordinárias da mesa ou seja os interesses dos Servidores não serão discutidos apenas na data base e sim o ano todo.

O ERRO DO SINDSEL
Nossa vocação sempre foi a de respeitar a autonomia de organização sindical. Trabalhamos 15 anos neste universo, ao qual temos maior respeito e o qual devo muito do acumulo teórico e prático que tenho hoje. No entanto as vezes falta para os Sindicatos, uma leitura de cenário, bem como de momento Histórico, que lhes faz cometer erros as vezes estratégicos. A ideia de decretar Estado de Greve a partir desta segunda-feira, caso o Governo não atenda suas reivindicações em 72 horas a categoria pode paralisar suas atividades é no mínimo estranha. Em outros tempos fazia sentido trabalhar na pressão, até porque as administrações municipais não negociavam ou aplicavam o descaso. Agora é no mínimo desrespeitoso com o Governo e com os Trabalhadores, pois as negociações estão em curso, bem avançadas e garantindo reivindicações Históricas dos Trabalhadores. Medidas extremas só se devem ser tomadas quando não há dialogo ou ele se apresenta esgotado.

PELO EM OVO
A visita do médico e Vereador Dr. Júlio César Pereira dos Santos ao Prefeito de São Vicente na ultima semana, para supostamente investigar denuncias de irregularidades no Governo de Tércio Garcia hoje Secretário da Administração em Limeira. É o mesmo que pedir para o torcedor do Corinthians informações sobre o seu principal rival o Palmeiras. Desnecessária a iniciativa, aja vista que o Secretario em questão foi até a câmara de leis e prestou com muita tranquilidade todos os esclarecimentos que o referido Vereador indagou.

E VIVA O MP
Um dos principais organismos de defesa do cidadão e de fiscalização dos poderes públicos, tem sido o Ministério Público. Após a Constituição de 1988, o MP assume este papel fiscalizador bem intensificado. Em nossa cidade os promotores públicos foram extremamente decisivos para desnudar um dos maiores esquemas de corrupção de nossa História que culminou com a cassação do Prefeito Municipal. Agora fazer ataques Histéricos no sentido de desmoralizar este órgão e tentar descaracteriza-lo é uma afronta a Democracia. Vejo que os que atacam estão com saudades das trevas e das negociatas com o dinheiro público.

TRANSPARÊNCIA
O Governo Democrático e Popular, esta dando um Show de clareza e transparência em seus atos e ações. Vai ser votado na Câmara Municipal nesta segunda-feira, o Projeto que cria o Conselho Municipal da Transparência e do Controle Social. Esta semana ainda o novo 156, estará em funcionamento. Na terça-feira, dia 19, ás 19:00 no Teatro Nair Bello, o lançamento do Orçamento Participativo.

terça-feira, 12 de março de 2013

O PERIGO DA INTOLERÂNCIA


Certa vez, o agora Vereador Wilson Cerqueira (PT), me disse uma frase a qual não esqueço e a utilizo, para discutir Direitos Humanos. A frase era assim “Quando se coloca no debate a questão dos Direitos Humanos, você ou é a favor ou é contra, não há meio termo”. Fiquei com o som da frase e refletindo sempre sobre ela. Não há como ser neutro em relação a este tema. Não dá para afirmar coisas do tipo, “eu respeito os Homossexuais, mas não aceito” ou “Que negrinho de alma branca” ou ainda justificar a violência urbana na falta de educação dos pobres. Ou a falsa afirmação de que quem fala de Direitos Humanos, defende direitos de bandidos.

Estudando a História da humanidade, a primeira vez que se fala abertamente de uma legislação e concepção sobre direitos da pessoa humana, acontece durante a Revolução Francesa, em 1789, com a declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. É a primeira vez que se garante e se discuti, direitos individuais e coletivos da pessoa humana, em um regime com democracia e republicano. Até então, tinha direitos apenas os senhores feudais, a nobreza, o clero, as castas que tinham posses e poder. A economia e a guerra é que definiam quem teria direitos e quem não teria. É a universalidade dos direitos.

Mesmo assim, ao longo do tempo, estes direitos foram ameaçados, por quem buscava ou almejar o poder, para concentrar renda. A segunda grande guerra mundial, vai estabelecer, um momento de reflexão principalmente com os chefes de estado. A ameaça Nazista e Fascista, de criar um mundo de poucos, excluindo “os diferentes”, da tal raça pura, fez a ONU (Organização das Nações Unidas), colocar na agenda não só a criação de uma nova declaração de defesa dos Direitos Humanos, como impingir as nações o comprometimento nas garantias individuais e universais das pessoas. A conquista de uma declaração e a adesão da maioria das nações, abre a prerrogativa de que a maioria do mundo defende os direitos da pessoa humana.

Porém o desrespeito é constante. As guerras, o instrumento da tortura, as condições de miserabilidade, a homofobia, o racismo, a xenofobia, o sensacionalismo incitando a violência, e principalmente a cultura do conflito, da guerra, do sangramento. Além disto, muitos governos, celebram em suas constituições os direitos fundamentais do ser humano, mas não traduzem em politicas públicas e ações, capazes de garanti-los. Muitas vezes a defesa dos DH ficam na retórica, no discurso vazio e na pratica eles são violentados constantemente. É dever do Estado cumprir com o que celebra.

A intolerância seja ela politica, religiosa ou outra, não cabe em um mundo que se renova a cada momento rumo a modernidade, onde a globalização corre como uma necessidade se dar por inteiro. Não é possível neste quadro, permitir absurdos de total violência com direitos sagrados a sobrevivência e convivência humana.

A eleição do Pastor Marco Feliciano, para a Presidência da comissão permanente de Direitos Humanos, consistiu em um erro, não por ser evangélico, mas por suas posições contrarias aos DH e sua postura até violenta contra o fundamental para o ser humano. Como dizia o Vereador Cerqueira, ou se a favor ou se é contra Direitos Humanos, não há meio do caminho.

O fundamentalismo se junta ao extremismo de tempos duros de ditaduras e regimes de extermínio. Conceber que em nome de Deus, o que se fala é passado como verdade absoluta, é uma afronta inclusive as entidades divinas e aos que com fé acreditam nelas.

Me junto a muitos Brasileiros que repudiam a eleição do referido Deputado. Conclamo á câmara dos Deputados que reveja esta posição, não é possível ter na condução de uma das principais comissões da casa, um confesso opositor aos Direitos da Pessoa Humana.

sexta-feira, 8 de março de 2013

DIALOGO II


Já discorri aqui no blog sobre a importância do Dialogo, não só nas relações pessoais, como no fazer politica. O dialogo é o único instrumento capaz de buscar o consenso, dirimir conflitos, sanar dúvidas. É através dele que rompemos definitivamente com a intolerância que consequentemente leva a tragédias e guerras. Não se pode se fechar em dogmatismos e em verdades absolutas, é preciso usar do bom senso e  estar aberto para se deixar convencido. Até porque a política é a arte do convencimento. O contrario disto, é autoritarismo e repressão.

A História recente de Limeira, tem demonstrado, a completa ausência do Poder Público, em se manifestar a favor do dialogo, como instrumento também de unidade para buscar o desenvolvimento do município. O Governo do Cassado, bateu o recorde de intolerância e distancia do dialogo, seja com a sociedade civil organizada, seja com a população em geral. Construindo o mito de legitimidade que as urnas lhe deram, o Prefeito de então, usava e abusava do poder, tomava decisões envolvendo milhares de pessoas, sem consulta-las. Muitas vezes estas posições prejudicavam a vida da população. Sua intolerância com as lutas sociais e reclamos da população, chegavam aos absurdos de pagar matéria em jornais e na mídia em geral para atacar e ofender lideranças e movimentos. O tratamento dado ao caso da ocupação dos Trabalhadores Sem Terra no Horto Florestal, sem nenhuma conversa, utilizando da força bruta, foi um dos exemplos da falta de dialogo.

Com o funcionalismo público não foi diferente. Desde o primeiro momento, o governo passado tratava o servidor, com total descaso. Sua preocupação nunca foi a de valorização, muito menos de investimentos em condições de trabalho e salário. Buscou em varias oportunidades, não reconhecer a representatividade e legitimidade do Sindicato da Categoria. Demorava nas respostas as reivindicações, atacava ferozmente toda vez, que ocorria um pedido ou reivindicação. O tratamento as legitimas greves ocorridas no período, não abrindo negociações ou usando da força, são exemplos desta intolerância. Destaco os 60 dias de greve da Guarda Civil Municipal, onde a visão torpe e de Senhor Feudal, arrastou um movimento que pedia o não corte nas horas extras, pois isto diminuiria em demasia o salario. Sem um pingo de consideração, pagou para ver, um  movimento desgastante para todos, que ocasiona comissões de sindicância até hoje instauradas, que tem o poder até de demissões.

A Coligação Um Novo Tempo para Limeira, em campanha não só denunciava este tratamento absurdo ao funcionalismo público, como firmou o compromisso de mudar a relação. Transformar o descaso em ações concretas de valorização da carreira e do salário. Terminar a repressão e a perseguição constante á aqueles que não eram amigos do Rei ou não se submetiam, as vontades do império. E o principal restabelecer o processo do dialogo com a participação de todos.

Assim criou-se a Mesa Permanente de negociação. Um fórum formado por vários Sindicatos representantes da categoria, que não se limitará a negociar condições de trabalho e salário, apenas na data base e sim o ano todo e de forma permanente. Os trabalhos já começaram, e os debates estão em aberto. O Governo já na primeira reunião deixou claro, sua intenção de dialogar com seriedade e buscar resultados efetivos para a valorização do funcionalismo. 

Funcionalismo este que já dissemos aqui, que foi responsável, para que os efeitos da corrupção instalada em oito anos não destruíssem completamente com o patrimônio público. O exemplo de mudanças na relação já ocorreram no dia 02 de Janeiro, quando do primeiro dia do mandato. Quando o Prefeito Paulo Hadich, em reunião com o funcionalismo no paço (fato inédito), frisou “Saí os Coronéis e entra o gestor”.

segunda-feira, 4 de março de 2013

MULHERES


“ Na noite deste sábado, por volta das duas da manhã, os PMs Sargento Ivers e o Cabo Marcos, atenderam ocorrência de violência doméstica no Bairro da Paz, sendo que a vitima do sexo Feminino M, de 35 anos, faleceu na casa de misericórdia, em razão de violentas agressões praticadas pelo seu Amásio J de 40 anos, preso em fragrante”.  Esta História é fictícia, escrevi, como as páginas policiais, costumam publicar, um crime deste ou mesmo agressões a mulheres que não necessariamente são vitimadas com morte. A maioria de casos de violência as mulheres, só tomamos conhecimento ou pelas paginas e programas sensacionalistas e policialesco ou no relato oral de um parente ou vizinho das vitimas. Sem contar que a maioria que é espancada pelos maridos, companheiros ou alguém da família, sequer denuncia seja para a policia, seja para organismos públicos ou defesa dos direitos humanos.

O grande desafio do século XXI, em relação ás mulheres, não é criar espaços de participação ou de igualdade. Isto elas com suas lutas ao longo do tempo vem conquistando. Exemplo disto tem sido sua presença em todos os setores da sociedade, inclusive na economia. No entanto o machismo e a ausência de politicas públicas voltadas para as mulheres ainda é uma realidade. Fidel Castro ao ser questionado, qual era o maior problema de Cuba, enfatizou, não é o bloqueio econômico dos Estados Unidos a Ilha e sim o Machismo. Fidel dizia que a consciência Revolucionária dos Cubanos ainda não tinha evoluído para o fato de que a dominação do Homem sobre a Mulher, consistia ainda um resquício da sociedade Capitalista, onde mecanismos de controle e dominação são frequentes de uma classe sobre a outra. No Brasil isto ainda é muito forte e presente em nossos Lares. Ainda temos o Machismo como algo latente. A violência doméstica e porque não nos locais de trabalho (o Assédio Moral e Sexual é predominante) são sintomas de que ainda persiste em mundo em nosso universo.

Em Limeira, no ano de 2012, estatísticas dão conta do aumento significativo da violência, bem como de outras questões relacionadas a assistência as mulheres. No ano passado, mais de 150 ocorrências foram feitas na Delegacia da Mulher, este numero é grande em função do silencio da maioria. Em média a casa abrigo da Prefeitura desde 2008, recebe anualmente 100 mulheres vitimizadas, além de seus filhos. O aumento dos DSTS (Doenças Sexualmente Transmitidas), também cresceu em 2012, em relação ao ano anterior. O que mais chama a atenção, é que na faixa etária considerada de terceira idade, encontramos 20% dos casos. Não mais há grupo de risco para as DSTS. Mas o dado que mais preocupa, esta entre as adolescentes, com gravidez precoce. O maior contingente esta entre 13 a 15 anos. O que constamos é a total ausência de politicas públicas voltada  para as mulheres. Não coloquei nestes dados a questão de vagas em creches para crianças de zero a três anos, onde há grande maioria das mulheres com filhos trabalha.

A corrupção encastelada na Prefeitura de Limeira, mais o descaso das administrações anteriores, causaram este caos e este abandono. A questão das Mulheres deve ser tratada, primeiro com politicas públicas, de inclusão e restabelecimento da cidadania. Segundo de Gênero, onde é preciso ter inversão de valores, onde a questão das mulheres deve ser retirada das paginas policiais e pensada com respeito. Onde uma cultura de solidariedade, seja criada a partir da convivência entre Homens e Mulheres, onde as piadas sem graça e machistas, sejam substituídas por poesia e risos construtivos e não degenerativos. A poeta Ana Cerqueira César, a Ana C, tem uma frase que coloca a importância das mulheres no contexto da Paz: As mulheres e as crianças são as primeiras que desistem de afundar navios.

As Mulheres da Coligação Um Novo Tempo Para Limeira, durante a campanha, deram o tom do novo Governo. O Dia do Lilás, uma caminhada que juntou Mulheres e Homens, das mais diferentes origens sociais, raciais e de militância, no dia 22 de Setembro de 2012, onde junto com o então candidato Paulo Hadich (PSB), apresentaram para a população de Limeira, o programa de politicas públicas a serem desenvolvidas neste governo. Mas o mais importante naquele evento foi sem dúvida, o aspecto da unidade e da fraternidade de todos os setores. Isto só foi possível porque é somente as Mulheres que são capazes de com sua sensibilidade, típica de mães e de delicadeza feminina, de enxergar que as coisas precisam mudar, mas com paz e não guerra.

De acordo com a cantora Rita Lee:  São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.