sábado, 21 de dezembro de 2013

UM ANO DE GOVERNO DEMOCRÁTICO E POPULAR

Fomos Oposição durante trinta anos. De esquerda em um País, onde a Democracia ainda é muito Jovem, sempre fizemos lutas de resistência ao autoritarismo, as desigualdades sociais, a governos centralizadores e de proteção a interesses de minorias. Foi através dos movimentos sociais e populares, que construímos um projeto de mudanças, que não se resumia apenas a questões imediatas. Tínhamos sim um projeto de poder. Com a lógica da inversão de prioridades, onde a maioria teria vez e voz.

E foi assim que vencemos as eleições e hoje somos governo em Limeira. Estes quase doze meses de mandato, nos trazem várias lições. Li um Jornalista esta semana que 2013 deve ser esquecido pelo Governo Democrático e Popular. De acordo com ele a paralisia tomou conta da Prefeitura. O discurso de que tudo esta parado, que a cidade esta abandonada. Até comparações com o Prefeito cassado, já vemos algumas pessoas fazerem. Parte da imprensa legitimamente tem se colocado critica e as vezes com um certo exagero. Porem é o seu papel.

Com este quadro, dá-se impressão de que nosso discurso não condiz com a prática, e realmente as coisas estão ruins e o governo não tem sido eficiente. Mas vamos lá. A História não se conta apenas pelo que se enxerga a olho nu ou pelas páginas dos jornais. A Transição de governo, não foi o esperado. Não tivemos acesso a todas as informações, entre elas o orçamento. É verdade que erramos ao não fazer uma cobrança mais incisiva, quanto a estas informações. Sem uma transição capaz de nos orientar, nos deparamos com uma terra arrasada, com uma Prefeitura organizada para não funcionar. E aí veio o dilema: Com um orçamento deixado pelo antecessor insuficiente para investimentos e uma casa desarrumada, era preciso optar.

A escolha foi exatamente em reestruturar a máquina administrativa. E aí que as nomeações de um secretariado técnico se justificam, mesmo que o aspecto político tem se perdido um pouco neste período. As descobertas da falta de planejamento foi assustador. Administrativamente a bagunça era enorme, facilitando em muito a malversação do dinheiro e do patrimônio público. Planejar foi a palavra de ordem. Hoje é público e notório, que temos um projeto de desenvolvimento da cidade não só para quatros anos, mas no mínimo vinte anos. O PPA é o exemplo deste Planejar.

O Planejamento ocorreu em duas frentes. A primeira interna, com as secretarias realizando varreduras e elaborando planos. A segunda a participação popular. O Governo utilizou-se das Conferências, Assembleias do OP, Prestação de Contas e Audiências públicas para consultar e ouvir os reclamos da população. O primeiro semestre ainda nos acostumando com a destruição do patrimônio público que nos deixaram, teve este papel e continuou.

A cidade foi entregue á décadas a um jeito de governar, populista e autoritário. Que não priorizava os reais interesses da população. Esta prática fez acumular problemas estruturais imensos. Fazer o enfrentamento destas questões era nossa alternativa, joga-los para debaixo do tapete foi com os nossos antecessores fizeram. Não quero fazer lista de super mercado aqui, pois não é o objetivo deste texto, mas estamos enfrentando gargalos como o da Merenda Escolar, Transporte Coletivo, o Estado de Sitio no Odécio Degan, O Horto Florestal e muitos outros.

A opção pelo Planejamento a médio e longo prazo, aliado a desorganização herdade e também a inexperiência administrativa, deram a sensação neste primeiro ano de que nada aconteceu. A cidade amadureceu após os episódios que cassaram um Prefeito, ela ficou mais exigente e isto é muito positivo. No entanto não se faz mudanças sem alterar as estruturas criar uma cultura politica nova de gestão.

Este não é um governo de remendos e muito menos centralizador. Não há mágica na administração pública. É preciso compreender sua complexidade e combater seus desvios. Isto estamos procurando fazer. Mas este realizar deve ser feito com a participação de todos, não só na critica, ela é fundamental, mas nas tomadas de decisões.

Por muito tempo ouvimos que a cidade era governada por Forças Ocultas. Hoje a população sabe que esta no edifício Prada, quem é e o que pretende. É possível detectar até nossos erros e fraquezas, tamanha a transparência com a coisa pública. A cidade precisa das Forças Vivas Unidas para construir as mudanças para que tenhamos orgulho daqui viver.

Que venha 2014.


domingo, 15 de dezembro de 2013

O QUARTO PODER

A uma unanimidade entre os formadores de opinião. A Imprensa é o Quarto Poder. No Brasil e no Mundo. Esta constatação pode ser comprovada com os fatos Históricos e cotidianos. A capacidade de uma noticia alterar um estado de coisas, ou formar posições é enorme. De todas as instituições a imprensa é de maior credibilidade. As pessoas, acreditam nas manchetes e reportagens, condicionam suas vidas ao que é publicado.

A criação da máquina impressora, no século XV, não só vai mudar radicalmente o mundo, como tirará o monopólio da informação e do conhecimento, centralizado na Igreja Católica e na Nobreza. O planeta conhecerá as descobertas de terras, o novo mundo, com o surgimento da imprensa. Conhecerá Maquiavel, a Revolução Francesa, Adam Smith e Marx, através do papel impresso. Esta Revolução, fará a sociedade se organizar em torno da comunicação, com ela a vida fica mais dinâmica.

No Brasil Colônia a imprensa não existia, e era confinada aos interesses de Portugal. Nos dois impérios ela não era livre, foi perseguida, principalmente a abolicionista. No inicio do século XX, surgiam os periódicos anarquista e independentes, igualmente marginalizados e banidos pelo Estado. Com a Ditadura Vargas, ou se aderia ao regime, ou era fechado ou censurado. Na Ditadura Militar, o mesmo lema Brasil: Ame ou deixe-o, era creditado aos órgãos de imprensa, ou abraça os militares ou censura neles.

A imprensa cumpriu e cumpre um papel de informar, esta é sua função primeira. Mas este informar deve se aproximar o máximo possível da verdade. Um tríduo, pesquisa, reportagem e opinião, deve se dar garantindo a realidade dos fatos. Isto é trivial o necessário. Cada veiculo, penso deve ter seu editorial definido. Soa falso a imparcialidade. Nenhum órgão de imprensa é neutro, todos tem uma posição, e ela é politica e respaldada por grupos econômicos. Mas a imparcialidade deve se dar na informação, ouvir os lados envolvidos, manchetar sem intenções de vender ou de impor uma opinião.

O que assistimos hoje no País, na maioria das mídias, é o monopólio da informação. Primeiro que uma minoria formada por grupos políticos e econômicos, detém a maioria das empresas de comunicação. Principalmente no sistema de rádio e Tv. A festa de concessões de canais e frequência dada pela Ditadura Militar, pelo Governo Sarney e por FHC, contribuiu para que poucos monopolizassem a informação.

Os interesses são em sua maioria movidos por razões econômicas que dependem do poder político para se concretizarem. São os anunciantes que determinam uma programação ou o que será estampado na capa de uma revista ou jornal. Isto não é difícil de se notar. Basta acompanhar quem anuncia e quais interesses estes mesmos anunciante defendem. Exemplo, empresas de agro tóxico, não anunciariam na Revista Carta Capital, pois lá o editorial é claro contra esta indústria.

Outro exemplo disto, foi a defesa das empresas que desmatam nossas florestas, na discussão do código florestal. A grande mídia, fez gestão positiva aos interesses destes grupos, contrariando e manipulando informações dos grupos de defesa do Meio Ambiente e dos movimentos Sociais.


A Imprensa no Brasil é o Quarto Poder, mas que tem um víeis de direita, exatamente pelo seu comprometimento econômico. Aos desavisados, não defendo censura aos Meios de Comunicação. Defendo a Democratização das Mídias, o fim do Monopólio da informação. Mas este é um debate que deve ser feito com serenidade e sem intuito econômico. Encarar a imprensa como um órgão autônomo e independente, deve ser nosso norte.

domingo, 1 de dezembro de 2013

LIMEIRA É UMA CIDADE CONSERVADORA ?

Desde que nasci, escuto de muita gente que Limeira é uma cidade com comportamentos conservadores, acima da média do País que também leva esta pecha. Cresci e pude conviver com situações que comprovavam esta tese e outras que não. Ao estudar a cidade, compreendi que nossa formação Histórica é calcada em aspectos culturais muito próximos aos da Casa Grande & Senzala. A relação senhorio e escravo ou servo é muito presente em nossa sociedade.

Não é a toa, que um radialista da cidade, conhecido por frases de efeito, se dirige a Limeira como uma Fazendona Iluminada. Um dos aspectos presentes nesta definição (infeliz), é o comportamento de políticos e de lideranças sociais e empresariais. As ultimas décadas situações ocorreram, onde posicionamentos ditos conservadores ditaram regras na cidade. A lendária História de que grupos fechados impediam a vinda de empresas, freando assim o desenvolvimento, não é de toda lenda. Basta ver como o Governo Silvio Félix tratou a questão, não preparando a cidade para receber investimentos e não investindo nas vocações econômicas do município.

Mas o objetivo deste texto, é aprofundar um dos maiores sintomas deste “conservadorismo”, de Limeira. A Xenofobia, o bairrismo. O mesmo radialista, costuma tratar nossa cidade, como se fossemos uma ilhota, esquecida no meio do ocidente, onde aqui nada entra, nada saí, onde as regras são conforme os interesses dos puros, dos bem nascidos, dos da terra. A Xenofobia é um preconceito que deriva da aversão á estrangeiros, forasteiros como parte das elites desta cidade, gosta de rotular.

Nossa cidade é formada em sua maioria por migrantes, vindos na maioria do Interior do Estado, do Paraná e de Minas Gerais. Foram eles junto com os descendentes de Europeus e Negros Africanos que fizeram e fazem a grandeza desta cidade. Insistir em bobagens, como a de que não podemos permitir que os de fora baguncem nosso município, é de uma pobreza de espirito á toda prova.

Na ultima sessão da Câmara de Vereadores, este debate sobre a Xenofobia, esteve presente. Não como ponto salutar de reflexão, para a busca de soluções para esta questão cultural. Foi um Festival de pratica Xenófoba e de um conservadorismo tosco e agressivo. O assunto, era as Olimpíadas Universitárias realizadas em nossa cidade nos dias 15, 16 e 17 de Novembro. Um requerimento assinado pelo Vereador Jorge de Freitas, gerou mais de uma hora de discussão.

Parte dos Vereadores, imputaram na defesa contraria ao evento, dogmas religiosos, desconhecimento da fase de juventude e reforçaram a tese da ilha da porteira fechada. O próprio autor da propositura, foi até comedido em seu discurso, solicitando informações de gastos e autorizações para a realização do evento.

Nossa cidade, pode expandir suas fronteiras, apontando para ações de turismo que explorem sua vocação. Não somos mais uma cidade Rural ou Operária. Hoje nosso parque Universitário é significativo, perdendo na região apenas para Piracicaba. Com a vinda do Instituto Tecnológico Federal, a FATEC e se Deus Quiser a Faculdade de Medicina, seremos sem dúvida uma potência neste segmento.

O Brasil esta em Limeira e estará mais ainda. Da mesma forma que fomos hospitaleiros com os Migrantes, devemos ser com os Estudantes que aqui vierem. São culturas diferentes, são Jovens, com comportamentos típicos desta fase da vida. Cabe a nós celebrar este momento, nos preparar mais e mais, para com isto construir o desenvolvimento e não por razões mesquinhas e palanqueiras, destilamos nosso ódio Xenófobo.


domingo, 24 de novembro de 2013

OLHA A IMPRENSA ANTES PRÓ BARBOSA

Quem o ministro Joaquim Barbosa pensa que é?
Que poderes acredita dispor só por estar sentado na cadeira de presidente do Supremo Tribunal Federal?
Imagina que o país lhe será grato para sempre pelo modo como procedeu no Caso do Mensalão?
Ora, se foi honesto e agiu orientado unicamente por sua consciência, nada mais fez do que deveria. A maioria dos brasileiros o admira por isso. Mas é só, ministro.
Em geral, admiração costuma ser um sentimento de vida curta. Apaga-se com a passagem do tempo.
Mas enquanto sobrevive não autoriza ninguém a tratar mal seus semelhantes, a debochar deles, a humilhá-los, a agir como se a efêmera superioridade que o cargo lhe confere não fosse de fato efêmera. E não decorresse tão somente do cargo que se ocupa por obra e graça do sistema de revezamento.
Joaquim preside a mais alta corte de justiça do país porque chegara sua hora de presidi-la. Porque antes dele outros dos atuais ministros a presidiram. E porque depois dele outros tantos a presidirão.
O mandato é de dois anos. No momento em que uma estrela do mundo jurídico é nomeada ministro de tribunal superior, passa a ter suas virtudes e conhecimentos exaltados para muito além da conta. Ou do razoável.
Compreensível, pois não.
Quem podendo se aproximar de um juiz e conquistar-lhe a simpatia, prefere se distanciar dele?
Por mais inocente que seja quem não receia ser alvo um dia de uma falsa acusação? Ao fim e ao cabo, quem não teme o que emana da autoridade da toga?
Joaquim faz questão de exercê-la na fronteira do autoritarismo. E por causa disso, vez por outra derrapa e ultrapassa a fronteira, provocando barulho.
Não é uma questão de maus modos. Ou da educação que o berço lhe negou, pois não lhe negou. No caso dele, tem a ver com o entendimento jurássico de que para fazer justiça não se pode fazer qualquer concessão à afabilidade.
Para entender melhor Joaquim acrescente-se a cor – sua cor. Há negros que padecem do complexo de inferioridade. Outros assumem uma postura radicalmente oposta para enfrentar a discriminação.
Joaquim é assim se lhe parece. Sua promoção a ministro do STF em nada serviu para suavizar-lhe a soberba. Pelo contrário.
Joaquim foi descoberto por um caça talentos de Lula, incumbido de caçar um jurista talentoso e... negro.
“Jurista é pessoa versada nas ciências jurídicas, com grande conhecimento de assuntos de direito”, segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
Falta a Joaquim “grande conhecimento de assuntos de direito”, atesta a opinião quase unânime de juristas de primeira linha que preferem não se identificar. Mas ele é negro.
Havia poucos negros que atendessem às exigências requeridas para vestir a toga de maior prestígio. E entre eles, disparado, Joaquim era o que tinha o melhor currículo.
Não entrou no STF enganado. E não se incomodou por ter entrado como entrou.
Quando Lula bateu o martelo em torno do nome dele, falou meio de brincadeira, meio a sério: “Não vá sair por aí dizendo que deve sua promoção aos seus vastos conhecimentos. Você deve à sua cor”.
Joaquim não se sentiu ofendido. Orgulha-se de sua cor. E sentia-se apto a cumprir a nova função. Não faz um tipo ao destacar-se por sua independência. É um ministro independente. Ninguém ousa cabalar seu voto.
Que não perca a vida por excesso de elegância. (Esse perigo ele não corre.) Mas que também não ponha a perder tudo o que conseguiu até aqui.
Julgue e deixe os outros julgarem.


sábado, 16 de novembro de 2013

MENSALÃO: FARSA OU HISTÓRIA

Não há o que comemorar no caso das prisões de José Dirceu e Genoino. A farsa do Julgamento do caso Mensalão, a ausência de provas consistentes, serviu para um Show Midiático, próprio das elites que nunca engoliram a chegada das esquerdas ao poder. Mas também não há motivos para fazer desagravos, comparar estas prisões á perseguições da ditadura militar aos seus oponentes.

Em junho de 2002, chorei ao ler a carta aos Brasileiros, assinada por Lula. Ali compreendi, que o Partido que ajudei a criar e que acreditei que seria o condutor das mudanças em meu país, estava indo para o ralo. O recado de Lula as elites empresariais naquela carta, eram claras. A tranquilidade de que os interesses econômicos desta elite não seriam afetados. Os lucros imorais, continuaram a crescer as custas da classe trabalhadora.

Era o pacto social, proposto pela esquerda. Era o apertar o cinto, ir para o sacrifício, questões tão combatidas por nós nos 80 e 90 do século passado. O PT abdicava de seus princípios e de sua História. O pragmatismo eleitoral, apontava para anos de pactos e acordos com a direita, a troco da governabilidade. O PT cuspia no prato que comeu, dava as costas aos movimentos sociais, base estruturante do Partido, carregador de piano, durante os duros vinte anos de oposição.

Acreditou os ideólogos do PT, que a Burguesia não fedia, que ela aceitaria a democracia das urnas, esquecendo a vocação golpista desta mesma Burguesia. Se isto não bastasse abriu as portas para ela, a tratou a pão de ló. Nunca na História deste País, os bancos ganharam tanto dinheiro. Fazendo concessões imaginou o PT, que poderia governar com tranquilidade fazer as mudanças necessárias e tão sonhadas por todos nós.

Ledo e perigoso engano. Qualquer pessoa em um banco de escola, aprende que o Estado é formado por poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Forças Armadas e a Mídia. As esquerdas no poder, com aliados de direita, não percebeu que não tinha o Estado e mesmo com atitudes nada republicanas, não o teria. A Burguesia não suporta sequer pequenas reformas na sociedade, como as efetivadas nestes 11 anos. Para ela a concentração de renda tem que ser intensa, desigual, violenta. Um governo reformista como o de Lula/Dilma ameaça esta riqueza.

O escândalo do mensalão, comparado com os mais de 50 do Governo FHC, é fichinha. Nenhuma das denuncias contra os Tucanos prosperou no Supremo. Mesmo o único, processo que la chegou o do Mensalão de Minas, anterior ao do PT, sequer foi apreciado pelos magistrados. E pensar que a maioria dos Juízes da suprema corte foi nomeados pelo Governo do PT. É a criatura voltando-se contra o criador.

O PT com sua política de alianças, criou este estado de facada nas costas de uma elite, covarde e violenta. Estas mesmas alianças, colocam em cheque um projeto de poder que propunha exatamente mexer nas estruturas de poder, inverter as prioridades, repartir o pão, acabar com a desigualdade. Coloca em cheque, mas não nos faz perder as esperanças. Em tempos de crise, sempre surgem o novo, o diferente. O PT representou isto, hoje não representa mais.


domingo, 10 de novembro de 2013

TV CÂMARA UMA FALSA POLÊMICA

Esta semana, o assunto em todas as mídias, foi o valor destinado no Plano Plurianual, mais conhecido como PPA, para a criação da TV Câmara, pelo legislativo Limeirense. O foco é a quantia considerada pelos críticos como abusiva, alta e sem propósito. Os argumentos em sua maioria, insuficientes para justificar a negativa da proposta. E entre estes absurdos, de que a TV seria para pagamento de campanha eleitoral, do Presidente da Câmara Municipal e do Prefeito Paulo Hadich. Absurdo que deve ser apurado e punido os autores desta falácia.

Fraternalmente tenho que admitir que o companheiro Ronei Costa Martins, não fez o debate sobre o assunto, antes da destinação do recurso. Se o tivesse feito, com certeza não haveria esta grita de setores, seja de oposição, seja de alguns preocupados em ver seus interesses contrariados, por uma TV Pública e institucional. Porem apesar desta precipitação, não há motivos para novamente plebiscitar o Presidente da casa de leis.

Sou favorável a TV Pública. E explanarei meus motivos para isto. Primeiro é importante contextualizar, que Comunicação no Brasil é privada e monopolizada por pequenos grupos políticos. Embora canais de TV e Rádio sejam concessão pública, a maioria destes veículos não cumprem um papel de prestadores de serviço e de contribuição a Cidadania. Durante a Ditadura Militar e o Mandato de FHC, as concessões públicas serviram como moeda de troca. Me de apoio politico, que eu te dou um canalzinho de TV ou uma frequência de Radio. Era assim que funcionava.

A partir do Governo Lula, embora as concessões públicas para empresas privadas, continuarem (com menor ferocidade), começou-se a discutir a comunicação governamental e os vários instrumentos para discutir, a cidadania e a democratização dos meios de mídia. A regulamentação da TV a Cabo, a possibilidade de convênios entre os poderes públicos, como o feito entre o legislativo Limeirense e a ALESP, o modelo de TV Digital, onde as instancias públicas tem prioridade de instalação de canais e o fim da perseguição as emissoras comunitárias.

Junto a esta legislação, o debate sobre a importância da comunicação neste século XX. Estamos na era da informação, rápida e em tempo real. Com a nova mídia, a Internet, são as velhas mídias que devem se adaptar ao ritmo da circulação de informações. Não se pode mais, omitir os fatos.

O cidadão médio e as classes C e D, com a sua recuperação econômica, esta cada vez mais exigente, quanto a obter informações, para participar da vida de seu País. Um exemplo claro, disto foi as manifestações de Junho, que pegaram não só os políticos na surpresa, como as formas tradicionais de mídia, que só perceberam o que estava ocorrendo, quinze dias depois dos protestos. Mas as redes sociais já borbulhavam um mês antes as insatisfações da população.

É responsabilidade do poder público, não ficar alheio a estas mudanças e transformações de hábitos e comportamento da população. Que hoje se comunica muito mais que a vinte anos atrás. A comunicação Governamental, precisa ser transparente, informar as ações do governo, dando um foco, a construção da Cidadania, da Prestação de Serviço, da Democratização do veiculo, propiciando a participação de todos. Em um Estado de Direito a liberdade de expressão deve ter espaço para ser exercitada. Uma TV Pública tem capacidade e interesse público e dever de democratizar este acesso.

A iniciativa do Presidente da Câmara o companheiro Ronei, que diga-se de passagem, desde que o debate iniciou-se em 2005 na gestão da Vereadora Elza Tank, é o único que vem debatendo com transparência e coragem, pois trata-se de um tema polêmico, porem necessário. É preciso discutir com maturidade, deixar de desfocar da necessidade de termos a Democratização das mídias, que pode o poder público ser o exemplo, para este caminho, que se depender dos conglomerados de comunicação não será feito.


domingo, 3 de novembro de 2013

O AVANÇO DO REACIONARISMO

Esta semana, fomos surpreendidos com duas declarações contra os Direitos Humanos, de estarrecer a todos. Alias foram noticias em todas as mídias e graças a Deus repudiadas por todos, não vi ninguém fazer a defesa do Vereador de Piraí no Rio de Janeiro e do Articulista da Revista Veja, o Educador Claudio de Moura de Castro.

O primeiro do PTdoB, usou a tribuna da Câmara Municipal daquela cidade carioca, para entre varias agressões as populações de moradores de Rua, soltou a máxima Mendigo não tem que votar. Mendigo não faz nada na vida. Ele não tem que tomar atitude nenhuma. Aliás, eu acho deveria até virar ração para peixe, seu discurso foi para justificar, que estas pessoas não deveriam votar em eleições e que deveriam, em outras palavras, morrerem.

Já o funcionário da Revista mais reacionária do País, foi ao meu ver além do Vereador. O Sr. Cláudio, um árduo defensor de que a sociedade civil não deve participar do Plano Nacional de Educação, pois o mesmo é inconsistente, emendou que o PNE, deveria oferecer um bônus para as “caboclinhas” de Pernambuco e Ceará, que se cassassem com engenheiros estrangeiros, para assim aumentar nossa capital humano, haveriam mais estrangeiros no País.

As duas declarações, se somam, as besteiras que o Presidente da Comissão de Direitos Humanos na Câmara, Deputado Marco Feliciano, fez aprovar esta semana. Que cabe as Igrejas proibirem ou não a participação de Homossexuais nas seitas. Um claro desrespeito ao Estado de Direitos, e a liberdade de opção Religiosa, garantida inclusive nos preceitos e dogmas das Igrejas.

Estes fatos, me faz ficar preocupado, com o avanço de ideias conservadoras e reacionárias na sociedade. O Século passado foi marcado, por concepções desastrosas para humanidade. Fomos testemunhas de duas guerras mundiais, pautadas por interesses econômicos, mas que suscitaram atitudes racistas, com extermínios de Judeus e de minorias. Conflitos étnicos, custam vidas na Palestina, geraram o 11 de Setembro, e as intervenções imperialistas no Afeganistão e no Iraque.
Além disto o Século dos Extremos, como afirmava o Historiador Eric Hobsbawn, foi o campeão da segregação e da exclusão social. Se por um lado o século XX, trouxe a tecnologia como um avanço extraordinário, ele não solucionou as chacinas aos direitos humanos. Com isto iniciamos um novo Século, já em sua segunda década com o aprofundamento do linchamento aos Direitos da Pessoa Humana.
É preciso que as autoridades, não só coíbem estas ações e atitudes, como é necessário, criar mecanismos de lei que torne crimes manifestações como estas.  


domingo, 27 de outubro de 2013

A ALIANÇA MARINA E PSB- BRASIL COM DESENVOLVIMENTO E JUSTIÇA SOCIAL

O instituto da Data Folha, divulgou hoje, pesquisa eleitoral para Presidente da República, onde coloca o Governador de Pernambuco Eduardo Campos, em terceiro Lugar com 15% de intenção. O Governador vem atrás do Tucano Aécio Neves (21%) e a Presidente Dilma em primeiro (42%). O quadro sem a Ex Senadora Marina Silva na pesquisa, já demonstra o crescimento do Pesibista e grande parte dos votos da Senadora em migração para Eduardo Campos. Outro dado importante é que 75% dos entrevistados pelo data folha, não conhecem o herdeiro politico de Miguel Arraes.

O resultado da pesquisa a um pouco mesmo de um ano das eleições, comprova algumas questões. Primeiro de que a aliança do PSB com a Rede de Sustentabilidade de Marina Silva, prova no primeiro momento seu acerto eleitoral, pois a migração de votos e o fortalecimento do Partido Socialista é claro neste quesito. Segundo que a um largo campo a ser trilhado pelo Governador Eduardo Campos, que saí do ostracismo das pesquisas, onde se encontra com menos de dez pontos em umas e com 4% em outras, para o patamar de se aproximar do segundo colocado, pois seu desconhecimento é grande, mas sua exposição agora também o será.

O anuncio da filiação de Marina Silva na ultima semana, foi surpresa para o País inteiro, até para nós da base do PSB. No primeiro instante, foi aquela sensação de que o pragmatismo foi maior que os princípios ideológicos e partidários. Isto desmontaria toda a nossa convicção da coerência do PSB, quando de forma transparente, entregou os cargos em que ocupava no Governo Dilma, por não achar correto, disputar o processo com participação nos ministérios.
Mas foi por uns instantes. Marina Silva, saiu das eleições de 2010, com um lado positivo, de ter atraído setores das classes médias e dos pobres, para uma proposta calçada em conquistas sociais. Mas saiu também com um lado negativo, em relação a sua postura conservadora em temas como Homossexualismo, Aborto, células tronco e outras. Ao contrario de muitos, nunca a taxei de direita, embora a critico por as vezes transitar em discursos de direita, pontuais, mas complicados.
Por outro lado sua História de compromissos com as lutas sociais e com os mais pobres, não pode ser pensada com secundaria. Sua origem e sua trajetória, a qualificam para afirmarmos seu caráter ético e compromissado com os interesses da maioria. Marina Silva traz ao PSB, sua experiência nos Movimentos Sociais, sua capacidade de enxergar que o meio ambiente não pode estar entregue ao Capital destruidor e assassino de nosso eco sistema.
Já o Governador Eduardo Campos, traz sua fantástica experiência como gestor. Pernambuco aparece em quase todos os indicadores, como um Estado de teve no Desenvolvimento sua principal arma, para crescer, sair do patamar de patinho feio, para o de exemplo de progresso. Traz o Governador, também, a História de sua família, em especial de Miguel Arraes seu avó. Uma História de compromissos com o Brasil e com seu desenvolvimento.
A unidade de Eduardo Campos, Jovem oriundo de uma Classe Média progressista e de esquerda, com Marina Silva, uma Morena com traços indígenas, vinda dos pobres, e de esquerda, salienta o que o Brasil necessita neste momento. Em doze anos, avançamos em varias áreas. Diminuímos a linha da pobreza, mantivemos a estabilidade da moeda, mas com distribuição de renda. Porem o desenvolvimento na área da Infra Estrutura, não se conseguiu solucionar.

As Manifestações de Junho, colocaram as ruas uma Nova Classe Trabalhadora, fruto dos anos de Governo Lula e Dilma. Porem uma classe que exige Transporte, Saúde e Educação de qualidade. Ela obteve emprego, tem como comprar, mas não consegue se locomover e tantos outros direitos. A Unidade Eduardo e Marina, uma união de esquerda, traz no bojo de seus protagonistas, as necessidades desta nova Classe. 

SEM CENSURA, LIBERDADE AS BIOGRAFIAS

Um povo sem História é um povo sem identidade. Os Americanos são expert em registrar seus feitos, mesmo que os mesmos exponham a arrogância típica de quem quer dominar o mundo. O cinema dos Usa, é recheado de filmes biográficos, nem sempre cor de rosa ao biografado, mas entra para o rol da História. Também o livro é um dos caminhos, para se interpretar a História, que é contada a partir do ponto de vista de mundo, de quem a escreve.

No Brasil, os escritos sobre a Escravidão Negra, aponta para benevolência do segundo império. Versão esta contestada por outras obras, que dizem ter sido a Princesa Isabel, forçada pelo Capital Inglês, a decretar a Abolição, visto a necessidade de exploração imperialista, que trabalhava com mão de obra livre, porem sucumbida a pobreza e a miséria proporcionada pelos baixos salários e péssimas condições de trabalho.

Só foi possível, conhecer o outro lado desta História, e concluir que a Princesa não era nem de longe uma Heroína um século depois, pois a censura dos regimes autoritários não permitia ver o outro lado da moeda. Podemos nos acercar da farsa heroica dos desbravadores Bandeirantes também, séculos depois, pois a Historiografia oficial insistia na canonização daqueles assassinos de Indígenas, Negros e Brancos pobres.

A censura sempre agiu como pilar proibitivo e de sufocamento da liberdade de expressão. Um País que cultua a Liberdade sem restrições tem a chance de escrever sua História garantindo a todos os sujeitos a participação dela. A Liberdade pressupõem, dar as pessoas a possibilidade de julgar o certo, o errado, a verdade, a mentira.

É certo que no caso de um criador, a ele deve se ter as garantias de proteção a sua obra. No entanto, no que diz respeito a História, ela não deve ser patrimônio privado, particular de quem quer que seja. A proteção ao autor de um texto, por exemplo, é a total livre expressão em pesquisar, escrever seus trabalhos.

A polêmica travada entre o grupo “Procure Saber”, formado por artistas da MPB, do quilate de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Djavan e Chico Buarque, com escritores de Biografias não autorizadas, em função da lei numero 393/2011, de autoria do Deputado Federal Newton Lima, é o exemplo da tentativa do grupo de estrelas da música em cercear o direito á expressão.

O Projeto do Deputado Petista altera o artigo 20 do Código Civil que obriga que ao escrever uma Biografia, por exemplo, o autor tenha a autorização do Biografado ou de sua Família. A alteração é simples, tira esta obrigatoriedade. Tal emenda desagradou os integrantes do Procure Saber, que alegam que não há garantias de que suas vidas não serão devastadas ou suas famílias sofrerem constrangimentos.

Ora, um ídolo é figura pública, sua obra é patrimônio que deve ser de domínio público. Objetos de sua obra, como discos, livros, filmes, já existe uma proteção aos direitos autorais. Uma Biografia estes direitos são exclusivos do autor e não do Biografado. E mais a legislação que protege ataques pessoais e de imagem. Elas continuaram existindo, depois do PL ser aprovado.

Fomos privados, de conhecer interpretações da vida, de Roberto Carlos, Vinicius de Moraes, Garrincha e tantos outros, exatamente por uma interpretação que leva a pura censura. Não se pode tolher o público, de ter varias visões sobre as personalidades Históricas. Cabe a ele, o povo fazer sua critica, seu julgamento.

Sou pela Liberdade de Expressão e neste caso apoio a não autorização para Biografias.


domingo, 6 de outubro de 2013

A HISTÓRIA DE LIMEIRA PASSADA A LIMPO

Na ultima sexta-feira, o Ministério Público do Estado de São Paulo, anunciou que acionei em cinco ações, mais de 30 pessoas ligadas ao Governo do Cassado Prefeito Silvio Félix. Um trabalho de investigação, iniciada em 2008, com desdobramento na prisão em 24 de Novembro de 2011, da Família do Ex. Prefeito. O trabalho do MP e de seu braço para investigações de crime organizado e ao patrimônio público, serviu como base para a Cassação do então Prefeito.

A decisão da ultima sexta, demonstra que a Justiça não tolerou a impunidade. Passado um ano dos episódios, havia um sentimento na população de que não adiantou nada a luta e a mobilização para punir a corrupção, feita pela população. Este sentimento inclusive, animou setores hoje na oposição e ex aliados, para com total desonestidade, iniciarem discursos de que o mandato passado foi melhor do que os dez meses de Governo Paulo Hadich. Curiosamente, alguns expoentes desta turma, chegaram até ensaiar o Roubou mas fez.

Mas a noticia de que a ação já foi impetrada e que ela é apenas uma primeira parte, do processo para colocar a limpo este passado recente, não só faz cair por terra, as conversas de ressuscitar um governo afeito á esquemas de corrupção, como mostra a população que sua luta não foi em vão. O trabalho dos promotores foi intenso e como eles mesmos disseram difícil, cheio de obstáculos pelo caminho. Como o fato por exemplo, da demora das informações bancarias, onde após mais de um ano as agencias forneceram os dados.

A Corrupção no poder público em Limeira, sempre foi do conhecimento de todos. A centralização do poder e o comprometimento e omissão de parte da sociedade, sempre dificultaram que as mazelas feitas com o dinheiro público, viessem a superfície, saíssem do subterrâneo. Mas mesmo assim, houveram lutas desde o primeiro dia do Governo Silvio Félix. A Oposição na época foi a primeira a denunciar a Merenda Super Faturada, o contrato irregular da Estação Brasil, dois processos que agora o MP acionou judicialmente.

Esta construção através das lutas e o comprometimento do MP, com ética e a moralidade pública é que estão combatendo a impunidade. Nossa cidade, precisa que sua História seja passada a limpo. Um povo sem saber de sua própria História, esta fadado a retroceder no tempo, a viver nos ostracismo do desenvolvimento.

A Cassação de um Prefeito, já demonstrou que os Limeirenses não toleraram mais malversações com o dinheiro público. A população ficou mais exigente, reconhece que esta atrasada em seu próprio desenvolvimento e cobra isto do poder público Municipal. A manhã daquele dia fatídico da prisão da família do Prefeito, não sai da memória de todos nós. Foi um misto de vergonha, indignação e de traição. Silvio tinha sido reeleito com mais de 100mil votos. A cidade confiou nele, mesmo com um mandato obscuro sem transparência e autoritário.

Ninguém mais quer repetir aquelas cenas. O Governo Democrático e Popular de Paulo Hadich, até porque o grupo que hoje esta na administração fez parte das lutas contra a corrupção, vem criando mecanismos de combate sistemático a corrupção. Criação da Ouvidoria, da Corregedoria, da Lei da Transparência, do acesso a informação e muito mais que virá.

O Ministério Público nos da com este trabalho a certeza de que os culpados por tantas feridas, não serão impunes. E assim podemos construir uma História de conquistas e não de atrasos.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A presunção da desonestidade.

Tercio Garcia*

“É preciso varrer da mente dos legisladores a mórbida presunção da fraude. É o medo da fraude que cria a burocracia que, por sua vez, estimula a fraude, a falsificação e a corrupção.”
Hélio Beltrão


A burocracia, em sua definição, é o conjunto de rotinas dos funcionários públicos no exercício das suas funções. Entretanto, guiados pelos critérios de presunção de desonestidade, tratamos de mudar a compreensão do que é burocracia.
É comum encontrar documentos com dois carimbos e duas assinaturas da mesma pessoa, uma atestando o recebimento do próprio documento e a outra o recebimento do material ou serviço, como é também comum em um mesmo processo encontrar varias cópias autenticadas do mesmo documento.
Em um sistema gigante como o sistema público nacional o custo de tantas voltas e tantas garantias é também gigante.
                Hoje nos referimos à burocracia de forma pejorativa referenciando a morosidade e as exigências exacerbadas no desempenho dos serviços públicos. Todos a reconhecemos como danosa ao desenvolvimento da nação e perigosa ao poder público, visto que ao criar dificuldades, muitas vezes intransponíveis, sugere a negociação e venda das facilidades estimulando a fraude e a corrupção, cânceres das nossas instituições.
Ora, se a burocracia é fundamental para a proteção dos processos que se referem aos gastos públicos, para a blindagem dos cofres contra o mau uso dos recursos e para evitar a corrupção, por que acaba por tornar-se a maior das suas causas?
                Para compreender é preciso, antes de tudo, aceitar que o processo burocrático falhou nas suas funções de controle, servindo apenas para criar um Estado caro, moroso, pesado, arrastado e suscetível a males degenerativos como a corrupção.
                Antes que haja um corrupto é preciso que exista um corruptor. Criar dificuldades intransponíveis não é forçar o nascimento de corruptores?
                 O ex-ministro da Desburocratização Hélio Beltrão defendia veementemente que o Brasil não é rico o bastante para praticar uma administração baseada na desconfiança e que, presumir a desonestidade dos cidadãos, além de ser uma atitude absurda e injusta, atrasa e encarece a atividade governamental. Constatação lúcida e pertinente.
                Acreditar que vivemos em um país onde a população é composta, em sua maioria, por pessoas empenhadas em burlar as normas e transgredir a lei e obrigar-nos a criar regras para evitar que isso aconteça é dar ao mundo e a nós mesmos um atestado de incapacidade pedagógica e social.
                Basear a criação de um sistema público na presunção de um povo desonesto é uma atitude burra, cara e ineficaz. Precisamos ter a coragem de virar essa página triste da nossa história e perceber que os bons são numericamente muito superiores aos maus.
                A antecipação do julgamento sobre o caráter do povo brasileiro dá o tom exato da desconfiança que paira sobre a capacidade de punição posterior a uma má conduta, pior, dá sinais de que, talvez, nem nós mesmos tenhamos confiança na nossa honestidade e bons princípios, baixando de forma irrecuperável a nossa autoestima. Se nem nós mesmos confiamos nesse povo quem poderá confiar?
                Não existe nada mais barato do que confiar nas pessoas.
                Sonho com um Estado que confie em seus cidadãos. Um estado onde os documentos sejam substituídos pelas declarações e essas tenham o peso dos documentos. Um Estado onde a pena seja imputada a quem mente e não a quem diz uma verdade indesejada por um regramento inexequível.
                Este será o país que Hélio Beltrão idealizou. Este será o Brasil que vai encher nossos filhos e netos de orgulho.


*Tercio Garcia é Engenheiro Agrônomo, SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DA PREFEITURA DE LIMEIRA, foi Prefeito de São Vicente por dois mandatos, Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista por dois mandatos e Presidente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista.

sábado, 21 de setembro de 2013

CENTRAL DE BOATOS (Asneiras) QUE ASSOLAM LIMEIRA

Uma boataria, sempre tem um ponto de origem e um propósito. Não se solta um boato seja ele carente de veracidade ou não sem interesses as segundas intenções. A Bolsa de valores no mundo todo é campeã, do festival de boatarias. Derruba-se o dólar, até um governo, com especulações. Agora nossa cidade tem se especializado, nesta “Nefasta” e ridícula prática. Quase sempre os boatos (e são aos que me refiro), são de ordem política. O intuito, desgastar imagem, criar crises, divisões e outros malefícios.

Nem sempre se descobre o autor ou a originalidade, da peça de ficção. Mesmo quando um boato vem a público, por veiculo de comunicação, o rotulo, é uma fonte me contou, segundo uma pessoa do governo descontente e as desculpas e argumentos, são os mais diversos. Nunca foi quem esta repassando “a noticia”, o autor. As vezes a tal noticia “real”, não cola ou é desmentida. Os reprodutores do boato, se calam, se quiser admitem que deveriam checar melhor as fontes de tão poderosa “Bomba”, como aqui na cidade, intitulam a boataria.

Desde que tomou posse, o Governo Democrático e Popular de Paulo Hadich (PSB), é alvo da Central de Boatos. As características, das inverdades ditas, escritas, radiofônicas e televisionadas, são sempre negativas e com o objetivo de espalhar terror, insegurança, raiva. 
O Governo, tem sido por esta invisível, porem organizada de fofoqueiros, rotulado, de inerte, incompetente, igualzinho os anteriores e outras bobagens mil. Na rede a boataria se estende, em maior quantidade e velocidade, embora seja mais fácil identificar quem reproduz, pois ninguém na hora do aperto assume autoria das coisas e maldades.

Listei alguns destes e boatos e mostro como eles foram desconstruídos:

TÉRCIO GARCIA: Foi acusado de corrupto em seus oito anos de Mandato como Prefeito de São Vicente e de vir para Limeira fazer caixa 2 para o PSB. Nada foi provado e não será. Leviandade pura.

ACORDO COM O PDT DO CASSADO: Esta é uma das pérolas da Boataria. O Acordo divulgado amplamente na imprensa, foi feito com os Vereadores de forma republicana e transparente. Alguns críticos da administração tentam transferir de forma covarde, uma prática que sempre fizeram.

FIM DO PLANO DE SAÚDE: Este boato, foi de doer as costelas, de tanto rir e o pior que o SINDSEL, quis faturar dizendo que foi a intervenção sindical que manteve o convênio com a Medical. A possibilidade de romper o Plano nunca existiu. Mentira das grossas.

DERRUBADA DAS HORTAS COMUNITÁRIAS: O Governo acabou de assinar com o Governo Federal convênio para investimentos na Agricultura Familiar. Esta boataria de mal gosto, criou medo e revolta na Zona Rural. Inadmissível e irresponsável quem fez isto.

EMPRESA INDO EMBORA: A administração tem revelado constantemente seus esforços no sentido de atrair investimentos tanto de fora da cidade, como da economia local. A própria Samsung, já anu8nciou sua instalação aqui, acabando com um dos boatos de que não viria mais. Agora a fuga de capitais. Desde a posse, mais de 50 empresas já receberam incentivos fiscais e estruturais, para aqui investirem e mais de 100, estão sendo estudadas e em processo de negociação com o município.

AUMENTO DO IPTU: Por duas oportunidades, este boato circulou para que munícipes, em especial moradores de condomínios de luxo, participassem de evento comandado pela Oposição na Câmara Municipal. A Oposição nega autoria, que acredito não o fez. Agora o Governo nunca disse que promoverá aumentos na Tributação e sim a necessidade de Revisão da Planta Genérica, para buscar Justiça nos Tributos.

Estes são apenas alguns, uma ínfima parte deste desserviço a Democracia e ao Crescimento da Cidade.



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

TEM NEFASTOS NA IMPRENSA, SIM

·         
João Leonardi- Jornalista

A meu ver a administração municipal de Paulo Hadich [PSB] vem sofrendo desde o princípio de 2013 uma elevada carga de críticas jamais vista. Vários ataques injustos e improcedentes, que não condizem com a realidade ou com a veracidade dos fatos são proferidos e lançados com o claro objetivo de prejudicar o prefeito que assumiu o Paço Municipal neste ano. 

Os interesses nestes episódios são os mais variados. Gente ou grupos de indivíduos que ganhavam dinheiro na moleza com os governos passados; pessoas ou grupos que eram beneficiados indiretamente pela administração municipal, e uma série de benesses que sempre fizeram parte no submundo da mau cheirosa política limeirense; pessoas que tiveram ceifados interesses profissionais/comerciais ou por pura maldade, exercitam conjecturas mentais ao bel prazer e as divulgam como verdadeiras. 

Estes maléficos são como autores de novela: escrevem ou narram um enredo [ficção] e lançam ao público [população] como se os acontecimentos criados em sua fértil cabecinha fossem fatos reais. Normalmente os maus profissionais da imprensa utilizam-se da prerrogativa constitucional de não revelar a suposta fonte [inexistente?] de suas divagações mentais. 

Uma narrativa de um falso e inexistente episódio ocorrido, por exemplo, nos bastidores da política, teria alguma fonte? Se por acaso não fosse uma “criação mental”, a suposta informação da mentirosa fonte teria sido devidamente checada conforme manda o bom jornalismo? 
Pois é! 


Observe-se que no passado o prefeito cassado quase não teve oposição. Uma boa e robusta parcela da imprensa não o criticava ou atacava a administração, mesmo ocorrendo visíveis sinais do aparelhamento da corrupção dentro da máquina pública e a tchurma do me engana que eu go$tcho da ‘combativa’ mídia fazia vistas grossas ou fechava literalmente os olhos.


Também na minha humilde avaliação, a emissora EPTV foi bastante omissa em relação às críticas ao Félix. Notícias negativas dificilmente eram divulgadas nesta emissora e também em outros veículos de comunicação, nos ricos anos da administração felixiana [antes da prisão de sua família]. 

Atualmente os mesmos veículos e camaradas da imprensa que acariciavam o prefeito cassado, Silvio Félix [PDT], descobrem que quase tudo que está ruim, errado ou não vai bem neste povoado e, a culpa, claro, é do prefeito municipal que foi eleito: transporte coletivo, sujeiras e mato alto em terrenos, falta de médicos, loteamentos irregulares e mais uma carrada de problemas que sequer gestões anteriores tiveram a coragem de por a mãozinha matreira e ágil [não ria] para tentar resolvê-los. A época lançava-se apenas factóides e quase todos combatentes da imprensa limeirense engoliam saborosamente as mentiras goela abaixo. Foram estúpidos, incompetentes ou o quê?. Apenas como lembrança de um tempo que não voltará mais, na era felixiana a prefeitura limeirense patrocinava todo ano o viola de todos os cantos. 

É perfeitamente compreensível que alguns equívocos possam ser cometidos na atual administração, porém, estes jamais o foram ou serão de má-fé. É verdade também que uma administração pública que possui mais de 6 mil funcionários, jamais funcionará como um relógio suíço. Tenham a absoluta certeza que denúncias acompanhadas de fortes indícios de eventuais irregularidades ou ilícitos na atual administração pública municipal serão apuradas com rigor. Se confirmadas, seus autores serão identificados e responsabilizados no âmbito administrativo.

Um município com aproximadamente 300 mil habitantes possui uma demanda de prestação de serviços extensa e variada. Por exemplo, se perguntarmos para cada um de seus habitantes se tem alguma reivindicação ou reclamo a fazer; ouviremos de cada cidadão, no mínimo, um pedido ou pelos menos uma indicação pontual para a prefeitura solucionar. 

A parcela – repito – nefasta da imprensa limeirense, sabe e conhece muito bem os meandros que deve seguir para enganar ou iludir a sofrida população de Limeira que, aliás, não possui conhecimentos suficientes das informações para poder avaliar ou ter uma opinião abalizada dos assuntos tratados. Normalmente comunicadores e jornalistas se utilizam de meias verdades, de meias informações; do lado emocional e inocente dos cidadãos, para implantar a mentira e maldade em relação à administração de nossa cidade. Isso é fato e não conversa fiada do tipo ‘espera trem’. Eu diria ainda que esses indivíduos são ‘meio’ sem vergonha!

Limeirenses com um mínimo de conhecimento e sagacidade, observam claramente a nefasta prática de uma parcela, repito, de maus profissionais da imprensa e de gente de má índole que faz uso de veículos e meios de comunicação para, desgraçadamente, lançar ao vento canalhices construídas por pessoas, no mínimo, irresponsáveis – para não escrever outro adjetivo

Os tempos mudaram. Passado e cassado ficaram para trás. Uma nova e honesta administração está no primeiro ano de governo. Avante Limeira! 

NEFASTO: adjetivo que significa "de mau agouro, que causa desgraça; agourento, azarento, infausto; aziado, lutuoso (de luto), trágico, sinistro, funesto, ominoso, danoso, rui

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A DESCONSTRUÇÃO DA IMAGEM

Ficou celebre no Brasil, uma campanha difamatória de setores políticos, de parte da imprensa e de outros, de que Lula não poderia ser Presidente da República, porque era Analfabeto, tinha só o antigo ginasial e um curso de torneiro mecânico pelo Senai. A História demostrou que os tais analistas de plantão, estavam errados em suas acusações. Pois o famigerado Analfabeto, ajudou a construir um País, não só com Estabilidade Econômica, mas com melhor distribuição de renda. Gerou empregos, quando seu antecessor, bateu recordes de índices de desemprego e lhe deixou uma herança de 50 milhões de Brasileiros abaixo da linha da pobreza.

É comum (infelizmente), como afirmou o Secretário do Governo Democrático e Popular de Paulo Hadich, Tércio Garcia em seu artigo, Palavra Branda, que por ausência de argumentos alguns lançam mão de artifícios como o de denegrir a imagem do adversário. Também é comum, observar, que as vezes os motivos não são apenas de ordem politica ou de luta política. É preconceito mesmo, puro e vergonhoso. No caso do Ex. Presidente, Lula as duas coisas se misturavam e se encontram ainda hoje. Há uma parte das elites e da classe média, que não admite que um operário nordestino, ascendesse o posto de comando mais alto da Nação. Este é um comportamento Histórico.

O caso do Vereador Tigrão (PMDB), que pese não discutir aqui sua atuação política, segue nos últimos meses a mesma cantilena que Luis Inácio sofreu. O Vereador antes de ingressar na política, atuava para poder sobreviver, encarnando personagens infantis. Prestava suas habilidades, para fazer propaganda para grandes lojas e magazines da cidade. Quando o conheci, seu personagem era o de Super Homem. Alias era assim que era conhecido. Mais tarde passou a adotar o apelido, de outro personagem das fabulas, o Tigrão.

Limeira sempre teve em seu imaginário popular, figuras consideradas folclóricas, que ao mesmo tempo prestavam serviços a comunidade, eram rejeitadas por ela. Ao mesmo tempo, que serviam para chacotas, eram tidas como perigosas ou as denegriam moralmente. Lembro como a Geni Preta, Glostória, eram tratados. Os dois, em especial o segundo, precursores da cultura negra na cidade, recebiam na maioria das vezes, como retribuição a violência do Racismo. Fico nestes dois exemplos, mas podemos citar dezenas de outros.

André, o Tigrão, talvez não passe para a História da cidade como um brilhante político, como não passaram aqueles que se pousavam de normais, e que envolvidos estavam em diversos escândalos de corrupção. Talvez Tigrão, ainda precise aprender mais sobre a arte da Vereança, mas com certeza não será com alguns que o criticam, que aprenderá.

Tigrão, vive de seus personagens, suas fantasias, é sua profissão. Paga caro por com suas performances alegrar pessoas, em especial crianças. Porque que aqueles que o criticam, por desenvolver sua arte, não o defenderam com tamanha fúria, como o condenam agora, quando sofreu ataques físicos e humilhantes de dois Homens, na Festa Alemã do ano passado?. Porque será, que aqueles que o criticam agora, por decorar seu carro, que é seu ganha pão, não pedem a condenação por crime de racismo, daqueles que o espancaram?.

Não defendo o agente político, defendo o Artista de Rua, que com sua arte, procura sobreviver e alegrar as pessoas. Não vejo nestas atitudes, nenhuma intenção que não seja, a Desconstrução de imagem. Porque será, me pergunto. Quais interesses, para tamanha artilharia pesada contra Tigrão?. Se questionam o comportamento pessoal do Vereador, porque não fizeram isto com outros denunciados por malversação do dinheiro público e outras mazelas?.

Um dos maiores humanistas da terra, era um palhaço. Charles Chaplin, não escondia que gostava de ser um Palhaço. Não via demérito nisto, levar alegria aos que precisam rir, se alegrar e ter esperança. Chaplin denunciou o Nazismo, fazendo milhões rirem. Denunciou a exploração do patrão dos anos 30, fazendo plateias enormes chorarem de rir. Charles Chaplin, vivia de seu riso, nem por isto o mundo o condena.