sábado, 21 de dezembro de 2013

UM ANO DE GOVERNO DEMOCRÁTICO E POPULAR

Fomos Oposição durante trinta anos. De esquerda em um País, onde a Democracia ainda é muito Jovem, sempre fizemos lutas de resistência ao autoritarismo, as desigualdades sociais, a governos centralizadores e de proteção a interesses de minorias. Foi através dos movimentos sociais e populares, que construímos um projeto de mudanças, que não se resumia apenas a questões imediatas. Tínhamos sim um projeto de poder. Com a lógica da inversão de prioridades, onde a maioria teria vez e voz.

E foi assim que vencemos as eleições e hoje somos governo em Limeira. Estes quase doze meses de mandato, nos trazem várias lições. Li um Jornalista esta semana que 2013 deve ser esquecido pelo Governo Democrático e Popular. De acordo com ele a paralisia tomou conta da Prefeitura. O discurso de que tudo esta parado, que a cidade esta abandonada. Até comparações com o Prefeito cassado, já vemos algumas pessoas fazerem. Parte da imprensa legitimamente tem se colocado critica e as vezes com um certo exagero. Porem é o seu papel.

Com este quadro, dá-se impressão de que nosso discurso não condiz com a prática, e realmente as coisas estão ruins e o governo não tem sido eficiente. Mas vamos lá. A História não se conta apenas pelo que se enxerga a olho nu ou pelas páginas dos jornais. A Transição de governo, não foi o esperado. Não tivemos acesso a todas as informações, entre elas o orçamento. É verdade que erramos ao não fazer uma cobrança mais incisiva, quanto a estas informações. Sem uma transição capaz de nos orientar, nos deparamos com uma terra arrasada, com uma Prefeitura organizada para não funcionar. E aí veio o dilema: Com um orçamento deixado pelo antecessor insuficiente para investimentos e uma casa desarrumada, era preciso optar.

A escolha foi exatamente em reestruturar a máquina administrativa. E aí que as nomeações de um secretariado técnico se justificam, mesmo que o aspecto político tem se perdido um pouco neste período. As descobertas da falta de planejamento foi assustador. Administrativamente a bagunça era enorme, facilitando em muito a malversação do dinheiro e do patrimônio público. Planejar foi a palavra de ordem. Hoje é público e notório, que temos um projeto de desenvolvimento da cidade não só para quatros anos, mas no mínimo vinte anos. O PPA é o exemplo deste Planejar.

O Planejamento ocorreu em duas frentes. A primeira interna, com as secretarias realizando varreduras e elaborando planos. A segunda a participação popular. O Governo utilizou-se das Conferências, Assembleias do OP, Prestação de Contas e Audiências públicas para consultar e ouvir os reclamos da população. O primeiro semestre ainda nos acostumando com a destruição do patrimônio público que nos deixaram, teve este papel e continuou.

A cidade foi entregue á décadas a um jeito de governar, populista e autoritário. Que não priorizava os reais interesses da população. Esta prática fez acumular problemas estruturais imensos. Fazer o enfrentamento destas questões era nossa alternativa, joga-los para debaixo do tapete foi com os nossos antecessores fizeram. Não quero fazer lista de super mercado aqui, pois não é o objetivo deste texto, mas estamos enfrentando gargalos como o da Merenda Escolar, Transporte Coletivo, o Estado de Sitio no Odécio Degan, O Horto Florestal e muitos outros.

A opção pelo Planejamento a médio e longo prazo, aliado a desorganização herdade e também a inexperiência administrativa, deram a sensação neste primeiro ano de que nada aconteceu. A cidade amadureceu após os episódios que cassaram um Prefeito, ela ficou mais exigente e isto é muito positivo. No entanto não se faz mudanças sem alterar as estruturas criar uma cultura politica nova de gestão.

Este não é um governo de remendos e muito menos centralizador. Não há mágica na administração pública. É preciso compreender sua complexidade e combater seus desvios. Isto estamos procurando fazer. Mas este realizar deve ser feito com a participação de todos, não só na critica, ela é fundamental, mas nas tomadas de decisões.

Por muito tempo ouvimos que a cidade era governada por Forças Ocultas. Hoje a população sabe que esta no edifício Prada, quem é e o que pretende. É possível detectar até nossos erros e fraquezas, tamanha a transparência com a coisa pública. A cidade precisa das Forças Vivas Unidas para construir as mudanças para que tenhamos orgulho daqui viver.

Que venha 2014.


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