quinta-feira, 28 de março de 2013

OP: ESCOLA DE CIDADANIA


No ultimo dia 19 de Março, no Teatro Nair Bello, em Limeira, ocorreu a solenidade de lançamento de um dos mais importantes instrumentos de Participação Popular, o Orçamento Participativo, conhecido carinhosamente de OP. Compromisso da Coligação “Um Novo Tempo para Limeira, durante a campanha eleitoral de 2012, o OP foi apresentado para mais de 400 lideranças da sociedade civil organizada, entre elas inúmeras Associações de Moradores, ONGS, Empresários, Sindicalistas e outros. Na oportunidade, o Professor, dirigente da Associação Brasileira de Municípios e Prefeito de Várzea Paulista de 2004 á 2012, Eduardo Tadeu Pereira. Sua administração foi reconhecida nacionalmente, por ser marca pela participação popular, a inclusão social e o desenvolvimento sustentável.

Autor do livro “Educação Política: Uma experiência com o Orçamento Participativo”, Professor Edu como o conhecemos, nos deu uma verdadeira aula de exercício da cidadania, nos contando sua trajetória com o OP, onde o desenvolveu durante os oito anos de sua administração. Na exposição o Professor, frisou por varias vezes, que o Orçamento Participativo, é mais do que socializar a elaboração da peça orçamentaria municipal com a população, bem como não é apenas um espaço de detectar demandas. O OP é uma Escola do exercício efetivo da cidadania. É através deste mecanismo, que o cidadão passa a conhecer como o dinheiro dos impostos que paga, são efetivamente gastos. Começa a tomar conhecimento da máquina pública, seu funcionamento, bem como seus problemas. Mas o principal é ele cidadão, que com a ferramenta do OP, definirás as prioridades de investimentos, como também será a população que fiscalizará o cumprimento do orçamento, como ela definiu e aprovou nas assembleias regionais e da cidade.

Embora no Brasil e no mundo ocorre-se outras experiências de participação popular na elaboração do Orçamento (Lages (SC), Vila Velha (ES), Diadema (SP) ) foi em com a Administração do Petista Olívio Dutra em Porto Alegre a partir de 1988, que o modelo que conhecemos hoje começou a ser implantado. O OP Gaúcho, nasceu das lutas dos movimentos populares e não da cabeça de um intelectual.  Desde 1986, a UAMPA - União das Associações de Moradores de Porto Alegre, vinha discutindo a forma tradicional de se elaborar o Orçamento do Município. Descobriu-se que havia um hiato, técnicos da Prefeitura faziam a peça, que ia até o Prefeito para seu conhecimento e aprovação. Pós este método o Projeto ia para a Câmara de Vereadores para sua aprovação. Tudo isto sem a participação da cidade e muito menos fiscalizado pelo cidadão que paga tributos.

Em Limeira era igualzinho até o ano de 2012. As consequências, eram verdadeiras peças de ficção, na qual o Prefeito cumpria apenas o que lhe interessava. O exemplo da farsa do orçamento é a peça deste ano, feita pela gestão passada, onde o previsto não corresponde o reservado e arrecadado. Tal situação levou a complicações, como corte em alguns investimentos. Além disto a não previsão de algo importante como o aumento salarial do funcionalismo, em que o governo acordou na mesa permanente com os sindicatos, o maior reajuste da região e dos últimos anos.

O OP de Limeira, terá um método de intenso debate e deliberação de como o dinheiro do município será investido. Primeiro a cidade foi dividida em seis regiões urbanas e quatro na zona rural. A partir do dia 02 de Abril, iniciam as primeiras Assembleias Regionais, onde será apresentado os números e o que será debatido. Depois uma segunda Assembleia onde se definiram as prioridades regionais e a eleição dos representantes populares na Assembleia da Cidade, que terá a finalidade de aprovar o texto do orçamento e eleger o Conselho do Município, que encaminhará para a votação na Câmara e cumprirá o papel de fiscalizar a aplicação do orçamento.

Para saber mais, conhecer os locais, horários das Assembleias nas regiões, basta acessar o site da Prefeitura: www.limeira.sp.gov.br .

  

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