CULTURA POLÍTICA

Já abordei neste blog este assunto de forma geral. Os últimos acontecimentos, principalmente oriundos de posicionamentos de parte da mídia e da oposição, me fazem voltar o assunto procurando aprofundar mais a questão. Uma linha que tem sido adotado por estes setores tem preocupado este blogueiro, alias não só a este, mas a varias pessoas as quais tenho conversado. Remeter a um governo que ainda não completou três meses de administração, a culpabilidade de uma herança de malversação e má gestão da máquina pública, é um descalabro, para ficar só neste adjetivo. Atribuir ao Governo Democrático e Popular de Paulo Hadich (PSB), a obrigatoriedade de dar soluções aos problemas gerados em 30 anos por seus antecessores é brincar com nossa inteligência.

Há uma cultura de se fazer política, que com urgência precisa ser mudada. Esta questão de chafurdar quem esta no comando politico do município, apenas com a intenção clara de promoção pessoal e escada para carreira na política e fortalecimento de grupos políticos, já esta ultrapassada. A luta fradicida entre o bem e o mal, situação versus oposição, esta sim é não só conservadora, mas prejudicial a vida da população. Houve tempos em que o que se motivava os combates, era o aspecto ideológico. Tinha se claro o que os grupos almejavam para a nação. O comportamento era baseado em uma linha programática, calcada em objetivos claros e não no fisiologismo e manutenção de status quo.

Cito alguns exemplos, para ilustrar o acima exposto. As lutas contra ou a favor da ditadura militar, eram evidentes no que diz respeito, o que cada grupo defendia. De um lado a Ditadura Militar Empresarial na sanha de construir um projeto de desenvolvimento de concentração de renda, e de consolidação do Imperialismo. Do outro Democratas, clamando por Liberdade e combatendo a repressão necessária para que os primeiros atingem-se seus objetivos. O segundo exemplo, é o das décadas de 80 e 90 do século passado. A necessidade de resolver sua própria crise o Capitalismo, surge com o modelo do Néo Liberalismo, ocasionando exclusão social, e concentração cada vez mais renda nas mãos de poucos. Do outro lado um projeto capitaneado pelos Movimentos Sociais de estabilidade econômica sim, mas com justiça social.

Em Limeira no ultimo período, do Mandato do Cassado Silvio Félix, vivemos uma realidade de combater um dos males da sociedade do século XXI, a corrupção e sua institucionalidade. Para que governos se solidifiquem no poder, o que se viu e ainda se vê em vários lugares do Planeta, é o conluio do Poder Público com empresas e empreiteiras, que se beneficiam da máquina, para seu fortalecimento econômico e em troca financiando os políticos, através de esquemas escusos e nada republicanos. É o dinheiro e patrimônio da população indo para enriquecer ilicitamente variadas quadrilhas, enquanto o desenvolvimento saia pelo ralo.

Nossa cidade, foi bastante machucada, com os episódios de corrupção. As mascas deste período, foram profundas, desde as estruturas físicas até do ponto de vista da qualidade dos serviços públicos. Reconhece-se que os Servidores Públicos foram desvalorizados em suas carreiras e necessitam de restauração. Reconhece-se que serviços, como transportes, saúde e educação, são precários e é urgente sua recuperação. Mas não é uma reconstrução que se faz a toque de mágica. O ex Prefeito e seus aliados (inclusive um articulista de um Jornal da cidade que o blindou por sete anos), prometiam  paraíso em tempos recordes, e o que se viu foram factoides, que nunca foram cumpridos. Isto este governo não fará, pois tem responsabilidades com a população. Já demos prova de que ao contrario daqueles que hoje criticam e no passado faziam coro o conservadorismo e o sucateamento dos serviços públicos, de que este é um governo transparente, democrático e de muita participação popular.

Cabe aos que amam esta cidade, que querem seu desenvolvimento com justiça social, se juntarem ao Governo e buscarem a unidade, mesmo com diferenças ideológicas. Não é hora de acusações sem provas, especulações irresponsáveis e tentativas de gerar crises. É momento de comprometimento para que venhamos terá Limeira que queremos.