Qualquer pessoa sabe que ao
mudar de residência ou efetuar uma simples limpeza, é preciso antes de grandes
mudanças, tomar ciência de como esta o local, para depois começar a arrumação.
Checar todos os cômodos da casa, verificar onde é possível colocar camas,
armários, testar o sistema elétrico e hidráulico. Antes disto, preparar a infra
estrutura, pintura, pequenos reparos, limpar geral. Após isto feito, e
planejar, começa a arrumação. A primeira fase bem simples, pois a necessidade
de ocupação rápida da moradia. Depois sim, uns pequenos investimentos, uma
moldura nova, ar condicionado e a médio prazo, grandes mudanças, como um rancho
com piscina, garagem coberta e outros.
Esta é a formula que todo
trabalhador conhece para seu lar. Formula que todo empresário sabe, ao propor
mudanças, em seu negocio. Conhecer o velho, corrigir erros e irregularidades,
para depois ousar, mudar para valer. Não se faz mudanças ou se promove
Revoluções, sem antes, conhecer as estruturas físicas, humanas e de concepção. Muitas
vezes esta garimpagem, não é imediata ou com maior velocidade. É preciso
estudar as minucias, os detalhes, saber em que terreno esta pisando, com quem estará
se relacionando. Grandes Revoluções levaram anos para se concretizar, vale
lembrar a Francesa, a Cubana, e a derrocada das Ditaduras na América Latina.
Foi esta escolha do Governo
Democrático e Popular de Paulo Hadich (PSB), nestes primeiros 100 dias,
conhecer para arrumar a casa e depois efetuar mudanças concretas e
estruturantes. A Prefeitura de Limeira foi pega de assalto por grupos políticos
e econômicos, que não tinham como objetivo o desenvolvimento da cidade. Não passou
pela cabeça dos administradores públicos nestes 20 anos, a prioridade em fazer
gestão eficiente, prestando serviços de qualidade e realizando investimentos
que não só solucionassem problemas crônicos e Históricos, como fossem marcos de
uma sustentabilidade social e econômica.
Nos últimos anos a lógica da
inércia nos serviços públicos, aliada a produção de factoides, nos deu a primeira
certeza ao tomar posse no dia dois de Janeiro. A Prefeitura estava preparada
para não funcionar. Prédios públicos abandonados e deteriorados, obras paradas
e mal feitas, licitações suspeitas e contratos caros. Na Saúde, equipamentos comprados
e nunca utilizados, remédios faltando constantemente na rede, filas enormes
para exames e consultas. Na educação, déficit enorme de vagas em creches e de
professores em sala de aula, Merenda superfaturada e tema de escândalos de pagamento
de propina. Esquemas de favorecimento a grupos e pessoas, dentro de repartições
públicas, como o SAAE e a Secretaria de Planejamento. Um Funcionalismo desvalorizado
em suas carreiras e salários. Terra arrasada, foi assim a Herança que encontramos.
A lógica foi iniciar um
processo de inversão de valores. O ser humano passa a ser prioridade e não a
imagem do governante ou os interesses de uma minoria. A Transparência, o
dialogo e a Participação Popular, foram os primeiros sinais desta nova gestão.
O Governo atende e dialoga com todos os segmentos da sociedade, não faz de
conta busca resolver as questões. Iniciativas como a Mesa Permanente de
Negociação, o Orçamento Participativo e as frequentes reuniões com Associações
de Moradores, são exemplos desta nova dinâmica.
Este é um governo, que não se
acovarda, faz todos os enfrentamentos necessários. Exemplos não faltam: A ocupação
cidadã do Odécio Degan, a Regularização da posse de armas da GMC, o cumprimento
do TAC da Merenda, a suspensão de contratos mal feitos e não cumpridos, a
apuração de denuncias de corrupção e malversação.
A relação com a Câmara
Municipal é programática e de total autonomia e independência. Não existe
mensalinho ou troca de presentes, como em vários lugares já ocorreu, para se
ter apoio do Legislativo. Com a imprensa o respeito ao seu trabalho é
constante. Não se utiliza e não se utilizará nenhum instrumento que não seja
Republicano com os meios de comunicação.
100 dias, ainda é a gênese das
mudanças, não se pode ter a dimensão dos resultados a olho nu mas elas estão acontecendo.
Muito ainda é preciso ser feito. Não se trata apenas de transformar a cidade em
um grande canteiro de obras, mas é muito mais. Trata-se de mudar a cultura
política, mudar atitudes, gerar novos comportamentos. É ter claro que o público
tem que ser público e não confundir-se com o privado. Limeira esta no caminho
de um Novo Tempo.
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