sexta-feira, 8 de março de 2013

DIALOGO II


Já discorri aqui no blog sobre a importância do Dialogo, não só nas relações pessoais, como no fazer politica. O dialogo é o único instrumento capaz de buscar o consenso, dirimir conflitos, sanar dúvidas. É através dele que rompemos definitivamente com a intolerância que consequentemente leva a tragédias e guerras. Não se pode se fechar em dogmatismos e em verdades absolutas, é preciso usar do bom senso e  estar aberto para se deixar convencido. Até porque a política é a arte do convencimento. O contrario disto, é autoritarismo e repressão.

A História recente de Limeira, tem demonstrado, a completa ausência do Poder Público, em se manifestar a favor do dialogo, como instrumento também de unidade para buscar o desenvolvimento do município. O Governo do Cassado, bateu o recorde de intolerância e distancia do dialogo, seja com a sociedade civil organizada, seja com a população em geral. Construindo o mito de legitimidade que as urnas lhe deram, o Prefeito de então, usava e abusava do poder, tomava decisões envolvendo milhares de pessoas, sem consulta-las. Muitas vezes estas posições prejudicavam a vida da população. Sua intolerância com as lutas sociais e reclamos da população, chegavam aos absurdos de pagar matéria em jornais e na mídia em geral para atacar e ofender lideranças e movimentos. O tratamento dado ao caso da ocupação dos Trabalhadores Sem Terra no Horto Florestal, sem nenhuma conversa, utilizando da força bruta, foi um dos exemplos da falta de dialogo.

Com o funcionalismo público não foi diferente. Desde o primeiro momento, o governo passado tratava o servidor, com total descaso. Sua preocupação nunca foi a de valorização, muito menos de investimentos em condições de trabalho e salário. Buscou em varias oportunidades, não reconhecer a representatividade e legitimidade do Sindicato da Categoria. Demorava nas respostas as reivindicações, atacava ferozmente toda vez, que ocorria um pedido ou reivindicação. O tratamento as legitimas greves ocorridas no período, não abrindo negociações ou usando da força, são exemplos desta intolerância. Destaco os 60 dias de greve da Guarda Civil Municipal, onde a visão torpe e de Senhor Feudal, arrastou um movimento que pedia o não corte nas horas extras, pois isto diminuiria em demasia o salario. Sem um pingo de consideração, pagou para ver, um  movimento desgastante para todos, que ocasiona comissões de sindicância até hoje instauradas, que tem o poder até de demissões.

A Coligação Um Novo Tempo para Limeira, em campanha não só denunciava este tratamento absurdo ao funcionalismo público, como firmou o compromisso de mudar a relação. Transformar o descaso em ações concretas de valorização da carreira e do salário. Terminar a repressão e a perseguição constante á aqueles que não eram amigos do Rei ou não se submetiam, as vontades do império. E o principal restabelecer o processo do dialogo com a participação de todos.

Assim criou-se a Mesa Permanente de negociação. Um fórum formado por vários Sindicatos representantes da categoria, que não se limitará a negociar condições de trabalho e salário, apenas na data base e sim o ano todo e de forma permanente. Os trabalhos já começaram, e os debates estão em aberto. O Governo já na primeira reunião deixou claro, sua intenção de dialogar com seriedade e buscar resultados efetivos para a valorização do funcionalismo. 

Funcionalismo este que já dissemos aqui, que foi responsável, para que os efeitos da corrupção instalada em oito anos não destruíssem completamente com o patrimônio público. O exemplo de mudanças na relação já ocorreram no dia 02 de Janeiro, quando do primeiro dia do mandato. Quando o Prefeito Paulo Hadich, em reunião com o funcionalismo no paço (fato inédito), frisou “Saí os Coronéis e entra o gestor”.

Um comentário:

  1. Janjão, o mito do confronto ainda permeia na mente e no discurso de alguns líderes sindicais. É bem verdade que o incío será difícil, cercado de desconfianças devido aos outros governantes. Mas aos poucos todos os cidadãos limeirenses perceberão que o diálogo é o único caminho para o entendimento.

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