domingo, 11 de agosto de 2013

PENSANDO E REPENSANDO O SINDICALISMO- PARTE II

Desde que me conheço por gente, tenho escutado, que empresas de fora, não escolhem Limeira, porque empresários daqui, formam um lobby influenciando decisões de governos. Acredito ser pura lenda, baseada mais em um discurso protecionista de nossa economia local, bem como de um complexo de vira latas, muito forte na cidade. É o sentimento pessimista e derrotista, ao qual escuto desde que nasci, de que aqui nada acontece, tudo se perde. Quem que nasceu aqui, não se lembra ou já não ouviu, que perdemos a Gooddyer e Carterpilar, para Piracicaba e Americana respectivamente?. Acredito e isto tenho a plena certeza, de que sempre faltou uma politica mais objetiva e competente não só para atrair investimentos econômicos, como investir na economia local.
Mesmo sem um projeto de atração econômica, que vá além de incentivos fiscais, nos últimos anos, tivemos a instalação de vários negócios no município, em especial no setor de serviços, como Hiper Mercados e outros. Na indústria Metalúrgica, o parque industrial da Limeira Piracicaba, esta em franca ascensão, com a vinda da Faurecia e varias outras. Temos uma localização estratégica, para circulação de mercadoria, por estarmos entre três auto estradas e a possível construção do Aeroporto, primeiramente de cargas e depois de passageiros. É notório o interesse de grandes empresas e corporações, aqui se instalarem e realizar investimentos. A vinda de marcas econômicas, como a Sansung por exemplo, traz muito mais prestigio a cidade, porem solução para geração de emprego e renda não chega a ser fundamental. É importante, mas não vital.
O que segura a economia de Limeira, é sem duvida a economia local, as empresas da cidade. Hoje industrias de folheados, o comércio e metalurgia, são o esteio de empregos e renda. Basicamente estes setores, formados por pequenas e médias empresas, são de propriedade de famílias Limeirense ou que aqui estão há muitos anos. Porem são segmentos que sofreram muito com as crises econômicas dos anos 80 e 90 e sem uma politica de desenvolvimento local, deixaram de se modernizar tecnologicamente, bem como nas relações de trabalho. Muitas não resistiram a crise, e fecharam suas portas. Outras suportaram, porem precarizaram a produção e os direitos trabalhistas. Podemos pensar que a carga de impostos seja abusiva, mas não se pode pensar em desenvolvimento sem condições dignas de trabalho e salário.
Em síntese nosso parque econômico, se sustenta com empresas locais. São elas que empregam a maioria dos trabalhadores da cidade. Por isto é preciso repensar, politicas de investimento, apenas com o olhar nas Multi Nacionais. Elas são sem dúvida necessárias. Mas cuidar de nossa vocação ou realidade industrial e comercial se faz prioritária. Primeiro é preciso tirar da clandestinidade mais de 400 fábricas de folheados, que trabalham sem alvará de funcionamento, com trabalhadores sem carteira assinada e direitos básicos. Segundo, o Governo democrático e Popular, já vem fazendo, investimentos em infra estrutura, capaz de colaborar para o aquecimento da economia, com transporte de qualidade, ações do Turismo de Negócios, Segurança e outros.
É impossível pensar em Desenvolvimento local, se ainda as empresas (parte delas), emprega mão de obra infantil, como mostrou o Globo repórter desta semana. Como é impossível, aquecer a economia, com as empresas terceirizando e quarteirizando direitos básicos dos trabalhadores, como carteira assinada por exemplo. A administração Pública, e o Governo de Paulo Hadich, tem procurado cumprir sua parte, vem desenvolvendo ações que possam reativar o desenvolvimento econômico, investindo em Infra Estrutura Básica, como acessos nas Rodovias aos Distritos Industrias, revitalização de polos de negócios como a Avenida Costa e Silva e outras iniciativas.
Mas cabe aos empresários e suas entidades, como ACIL, CIESP, SINCOVAL, SINCAF e outros cumprirem sua parte e acreditarem que só com o desenvolvimento cresceram, ou melhor todos cresceram.



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