quarta-feira, 28 de agosto de 2013

TRANSPARÊNCIA

O Brasil é um País de 513 anos, somos uma nação jovem se comparada com a Europa, a China, o Japão. Nestes cinco séculos e 13 anos, nosso contato com a Democracia plena e irrestrita não chega a cem anos. Primeiro fomos colônia de Portugal, sem nenhuma autonomia. Passamos a duas experiências de império absolutista. A proclamação da República, nos fez deparar nos primeiros anos, com um Estado Militar e ainda aristocrático. Direitos Democráticos eram apenas de uma minoria, a que detinha poder econômico. Enfrentamos duas ditaduras. A do Estado Novo e a Militar. Todos os direitos foram tolhidos, por um regime autoritário, violento e censor.

Na prática vivemos de 1985 até agora, o que se pode chamar de liberdade de ir e vir, de se organizar em Partidos e movimentos populares. São portanto 28 anos, em que não se cogita golpes de estado, onde o clima para conspirações deste tipo, sequer ocorrem e se ocorressem seriam abortadas pela população. O povo vem tendo na democracia um aprendizado. Viver democraticamente, pressupõe o respeito as diferenças, o exercício da pluralidade de ideias, raça, gênero e religião. Proponhe este exercício, a participação popular. É através dela que o cidadão, se educa a se sentir sujeito da sua História e não objeto ou coadjuvante. Mas a Participação Popular não sobrevive, se não tiver a Transparência nas ações, como alicerce de seu desenvolvimento.

Com uma trajetória de ditaduras e regimes totalitários, o Brasil ainda esta descobrindo este pilar importante para o seu próprio desenvolvimento. A redemocratização iniciada em 85, trouxe a tona as contradições inerentes da Democracia. A classe politica, parte dela talhada na ditadura e parte filhos dela, não estava acostumada a ter na Transparência a defesa para combater a corrupção e dar vazão a Participação Cidadã. Estamos convivendo ainda hoje com estas contradições. Vários casos e escândalos de corrupção, derivam da total ausência de transparência no trato da coisa pública. Nossa Constituição e legislação outras, mostram fragilidades de instrumentos capazes de dar voz a transparência do patrimônio público.

O Governo Democrático e Popular de Limeira, deparou-se já no primeiro dia de mandato, com uma maquina administrativa emperrada e azeitada para não funcionar, em prol da cidade. As varias caixas de pandora que encontramos e que ainda iremos encontrar, demonstram que a maquina pública estava montada para a corrupção e nela, não cabia uma pratica transparente. Para começar, com as secretarias cercadas por tapumes de madeira, onde ninguém podia saber como funcionava ou funciona os departamentos. Não havia prestação de contas, nem online, muito menos Participação Popular.

Nestes oito meses de Governo, criamos varias formas de dar vazão as ações através de mecanismos de Transparência. O OP foi um dos primeiros, onde o orçamento deixa de ser uma peça ficcional e que ninguém entende, para traduzir a vontade e necessidades da população. O segundo, qualquer cidadão tem acesso a secretarias, departamentos e repartições da Prefeitura. Terceiro, tem a população acesso a qualquer documento desejado, e em breve o terá pela internet. Informações, dados governamentais, também não são tolhidos, estão a disposição de quem quiser. Instrumentos serão criados, como Ouvidoria Pública, Lei de Acesso á Informação e as Plenárias de Prestação de Contas.


Ter um governo Transparente, é acreditar na construção da Democracia. Mas isto não se dá de forma rápida. A cultura politica da centralização, precisa ser rompida, com ferramentas que o governo criará e com Participação Popular. Ao contrario que dizem os defensores do quanto pior melhor, nosso governo preza por atitudes abertas, francas e sem caixas de pandoras. 

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