O novo e o antigo, se misturam nas obras de João com o afeto e o cuidado de nunca abrir mão da consciência de um operário, com origem na roça, mas que acredita na transformação social.
Na ultima sexta-feira, dia 02 de Fevereiro, Lejambre conquistou o prêmio de melhor letra no FESTIAFRO, em Limeira/SP.
Uma letra que retrata o combate ao racismo, e que coloca a discriminação como um instrumento de luta de classes.
Abaixo letra e apresentação no Festival.
PODER DA CONSCIÊNCIA
Autor: João Lejambre
Intérprete: João Lejambre e Banda
O PODER DA CONSCIÊNCIA, canção de João Lejambre.
Não tenho medo, nem de livro nem de bala
Qualquer lugar do mundo é o meu lugar
Não me acostumei com chicote e com senzala
A tirania nunca vai me dominar
Sou o resultado de sonhos, lutas e dores
Me demoliram mas eu sei me reinventar
Com a tinta desse mundo, transformei todas as cores
E o meu arco-íris ninguém vai apagar
Depois de toda noite escura
Por mais que seja dura
Vem uma nova manhã
Minha consciência é semente
De um ser humano diferente
Para um diferente amanhã.
Casa, comida, bom senso no poder
Água, floresta e vida pra valer
Terra pra quem trabalha
E vida pra viver
Estou no meio do povo que sabe
Que liberdade se faz com as mãos
Estou com as mães que choram seus filhos mortos
Por fome e bala, sempre sem razão
O amor está no meio do povo
Que não foge à luta e que reparte o pão
Não quero guerra, mas não fujo à luta
Não sou recruta, eu sou seu irmão
Nosso passado já foi roubado
Nosso futuro também será
Enquanto velhos piratas de farda e gravata
Escreverem a história nada vai mudar
O perigo está em se acostumar
Com a "nova senzala" e com o apartheid cristão
O que vale é a paz, o que vale é a vida
Se teu Deus é amor, tamo junto irmão.
Valeu Janjão, sempre agradecido pela sua generosidade e amizade. (João Lejambre)
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