segunda-feira, 16 de março de 2015

AS ELITES NÃO QUEREM MAIS PACTO

São os momentos de crise que nos levam, a repensar as coisas. É hora de avaliar e reavaliar comportamentos e daí, reinventar nossas ações. Para isto a algumas regrinhas ou método. Utilizo o de analisar a atualidade, com um olhar na História. Nada que acontece no hoje, não é consequência do passado. É preciso exercitar o pensar, analisar os porquês, ouvir A depois B e até o C. Medir as argumentações e com senso critico definir dentro de sua visão de mundo, sua opinião sobre a atualidade.

Esta pequena introdução, de como faço leitura de cenário, não somente nas crises, não é a única forma, a varias outras. Mas com certeza todas recorrem a História para definir opiniões e estratégias. Não se pode apagar os fatos, os episódios e acontecimentos. Quem resume um argumento, sem investiga-lo inclusive a luz da História, comete erros graves. Digo isto, em função do que acontece no Brasil neste segundo Mandato da Presidenta Dilma Roussef. Equívocos tem sido cometidos, em especial pelos contrários as esquerdas e ao governo.

A reação das elites e de parte das classes médias, não tem explicação apenas aos ataques de uma Direita retrograda e que não quer e não aceita repartir o bolo com o povo, em especial os pobres. É certo que o País mudou nestes doze anos das esquerdas no poder. É inegável, que o poder de compra do trabalhador aumentou, que o desemprego foi contido e que as conquistas sociais foram imensas.

Mas é claro também que setores das elites, ganharam muito dinheiro, entre eles os Bancos, e os grandes segmentos de serviços.

No entanto estas mesmas elites, agora mostram suas garras e tentam se livrar do aliado de uma década.

Em junho de 2002, o então candidato Luiz Inacio Lula da Silva, publicou sua famosa Carta ao Povo Brasileiro (leia aqui: http://www.fpabramo.org.br/uploads/cartaaopovobrasileiro.pdf ). O texto é o que chamamos de calmante para o mercado financeiro, para os bancos e toda a elite nacional. Apesar de falar de Reformas, como tributária, urbana, previdenciária, Agraria, em nenhum momento se fala em aprofundar mudanças eficazes de distribuição de renda justa, que elimine latifúndios, fortunas especulativas, ou seja que combata o enriquecimento as custas dos pobres e dos trabalhadores.

Lula e o PT, propõe na carta o famoso Pacto Social, tão rejeitado pelos movimentos sociais durante duas décadas. Ao dizer que preservaria o superávit primário, mecanismo de garantias para pagamento de dividas internas, entre elas com bancos e grandes empresários, Lula e o PT, acenam de que o governo não enfrentaria e não faria as reformas profundas capazes de equilibrar as desigualdades de classe.

Infelizmente o pacto durou três mandatos. Desarticulou os movimentos sociais, pois as alianças foram feitas com a direita dentro do Parlamento e fora dele. Neste segundo mandato de Dilma, quando esperávamos uma correção de rota, a formação do novo ministério, e algumas medidas, demonstram o já distanciamento dos movimentos sociais e o corte de direitos dos trabalhadores. Ideário e receituário das Elites.

E agora o que fazer?


Hora de repensar para se reinventar e recriar.

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