terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

SER OU NÃO SER OPOSIÇÃO. EIS A QUESTÃO


Já abordei no Blog, a situação de caos em que os oito anos de Governo Silvio Félix, deixou nossa cidade. O abandono e o descaso com os serviços públicos e os programas sociais, geraram índices apavorantes e preocupantes, entre eles recordes como o aumento da mortalidade infantil e da violência urbana. Tal quadro reflete-se no emaranhado de escândalos de suspeitas de corrupção e malversação do dinheiro e patrimônio público. Esta herança deixada ao governo Democrático e Popular de Paulo Hadich (PSB), dificulta em muito que mudanças sejam feitas a curto prazo. Em situação mais tranquila com caixa em dia e arrecadação sendo feita sem problemas, já seria um descalabro cobrar urgência em soluções de pelo menos vinte anos.

Mas mesmo assim o Governo já apresenta sinais de compromisso com o programa de governo, aprovado nas urnas pelos Limeirenses. A transparência com a maquina pública é uma delas, isto se comprova em noticiar o erro na peça orçamentaria de 2012, bem como a publicação do nome dos servidores exonerados no jornal oficial. Estes sinais não param. O dialogo com a sociedade civil e a consequente busca de soluções tem sido uma marca desta administração.

Fui oposição desde que iniciei minha militância politica. Já tive meus momentos do quanto melhor pior. A vida faz com que você evolua ou retroceda. Retroceder nos meios políticos é ceder ao canto da sereia. O caminho da corrupção, das negociatas na calada da noite, o fisiologismo, o confundir o público com o privado, o afastamento das lutas sociais e dos movimentos, isto sim é um atraso. Vi muitos enveredarem por este caminho, não foi e não é o caso do grupo da Coligação Um Novo Tempo para Limeira. Fomos oposição por acreditar que os governos que pela Prefeitura passarão não priorizavam a população. Governavam distantes dos reais interesses do povo.

Porem sempre nos pautamos em atitudes responsáveis e consequentes. Nossa conduta foi buscar até a exaustão o dialogo. Medidas mais extremas (republicanas), só eram tomadas quando os canais de conversa cessavam. A conjuntura de administrações pouca afeitas a democracia nos últimos vinte anos pelo menos, ocasionavam conflitos que podiam perfeitamente serem resolvidos com o dialogo.

É legitimo ser oposição ou situação. Embora hoje em dia com a reavaliação de conceitos ideológicos, cada vez mais esta dicotomia, ganha outras definições. O clássico sou oposição porque não sou situação, vem caindo no desuso. Talvez o melhor a definir, é o que nos distancia, é um projeto de sociedade fortemente calcada em aspectos ideológicos ou diferenças pontuais. A primeira com a quebra de paradigmas e referencias como o Socialismo do Leste e o Neo Liberalismo, apresenta um vazio de elaboração alternativa ou de reforma. A segunda tem sido a tônica, para se posicionar. E aí não da para abrir um tiroteio que apenas coloca pequenos pontos de divergência.

Em Limeira grupos que se intitulam oposição, tem marcado um comportamento de não apostar na cidade. Busca pelo em ovo, para criar uma sensação de que este governo é o mais do mesmo. Joga na vala comum, aqueles que representam uma geração que lutou contra o regime militar, quando muitos dos que hoje criticam, eram omissos ou colaboradores. Uma Geração a nossa, que lutou contra o autoritarismo implantado na administração desde Paixão, passando por D”Andreia, Kulh e o fatídico cassado, enquanto muitos que hoje bravejam ser defensores da moral e bons costumes, faziam parte ou apoiavam estes governos.

Não vejo nestas oposições (embora legitimas). Motivos de fundo ideológico que justifique tamanho ódio e atitudes inconsequentes, principalmente nas redes sociais. Como conhecemos a História de muitos (é por ela que analisamos o presente), pressinto que os interesses não são tão Republicanos assim. Parece que muitos estão incomodados de perder privilégios, antes distribuídos aos montes. Pratica que este governo abole e acordos são feitos as claras e não no subterrâneo como em nosso passado recente.

2 comentários:

  1. Entendo que conviver com um grupo oposicionista é sempre salutar. Nos mantém atentos e prontos a oferecer nossas melhores competências à administração pública. Quanto a forma como esse grupo critica, penso que eles terão muitas dificuldades se continuarmos em nosso propósito de transparência e participação popular. O processo eleitoral bem mostrou isso. Apenas não podemos permitir que desenhem imagens falsas de nossos atuais administradores.

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  2. Tão é verdade as mudanças atuais, ainda que timidamente considerando os pontos levantados por você Janjão, que tais diferenças administrativas estão sendo tomadas em todas as secretarias, como estou na Segurança pública, desafio a "oposição" a questionar qualquer Guarda Civil para realmente saberem se esta DIFERENÇA que pregamos a anos se faz presente.

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